Continua após publicidade

Pedido de socorro na internet salva mulher que estava em cárcere privado

Vítima se lembrou de campanha online contra a violência doméstica, postou uma imagem nas redes sociais e foi salva de agressor, que era o marido

Por Gabriela Junqueira Atualizado em 30 out 2024, 17h56 - Publicado em 2 mar 2021, 13h16
colecao capricho sestini mochila bolsas
CAPRICHO/Sestini/Divulgação

Um pedido de socorro na internet salvou a vida de uma mulher de 38 anos que estava sendo mantida em cárcere privado pelo marido em um caminhão e sofrendo agressões. A mulher postou uma foto nas redes sociais com um “X” na mão, símbolo que é usado por vítimas de violência para pedir ajuda.

Pedido de socorro nas redes salva mulher feita de réfem em caminhão
PFR/Divulgação

No ano passado, após o início da pandemia, com o aumento de casos de violência doméstica, houve uma campanha para incentivar que as mulheres denunciassem usando o símbolo. A Associação de Magistrados e o Conselho Nacional de Justiça promoveu a campanha #SinalVermelho, que tem o objetivo de ajudar as vítimas a pedirem ajuda em algum estabelecimento através do “X” vermelho feito na mão na palma da mão.

Continua após a publicidade

Antes de conseguir ter acesso à internet para postar o pedindo socorro, a vítima tentou mostrar o sinal para pedir ajuda para outras pessoas na rua. Ele bebia e me batia. Eu mostrava [o sinal] para todo mundo que estivesse me vendo. Alguém que conhecesse a campanha iria entender. E deu certo”, contou à polícia. 

Por viralizar, a mensagem chegou até a Polícia Rodoviária Federal, que conseguiu localizar o veículo do agressor, que era caminhoneiro. “Em um trabalho em conjunto com a PRF em São José do Rio Preto, aqui em São Paulo, fizemos a abordagem e ela confirmou as agressões”, explicou o inspetor Catarucci.

O caminhão foi parado no Km 78 da BR-153, o homem encaminhado para a delegacia do município de Bady Bassitt e preso em flagrante pelos crimes de cárcere privado e lesão corporal agravado pela violência doméstica.

O casal era de Anápolis e estava voltando de Santa Catarina para Brasília, levando uma carga de madeira. A mulher, que trabalhava como enfermeira, contou que estava viajando com o marido há sete meses por imposição do agressor. “É sempre importante que qualquer vítima de violência, quer seja familiar, trabalho escravo, abuso sexual, denuncie para que os responsáveis sejam levados a sua responsabilização perante a Justiça”, disse o policial. 

Para relatar um caso de violência doméstica, ligue 180, Central de Atendimento à Mulher, e faça uma denúncia anônima. O canal funciona 24 horas, incluindo finais de semana e feriados. Também é possível denunciar  por e-mail (ligue180@mdh.gov.br) e pelo aplicativo “Projeta Brasil”.

Publicidade