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Padrasto espanca enteada de 13 anos que levou colega de escola para casa

Mãe de adolescente diz que filha está arrependida por ter desobedecido uma ordem; padrasto só a espancou para 'educá-la'.

Por Isabella Otto Atualizado em 23 abr 2019, 16h00 - Publicado em 23 abr 2019, 16h00

No último dia 16, um homem acusado de espancar a enteada em 2014 finalmente recebeu sua sentença: dois anos e quatro meses de reclusão, inicialmente em regime aberto. O morador de Correia Pinto, em Santa Catarina, agrediu uma menina de 13 anos com um cinto, fios elétricos e um cabo de vassoura de metal, que se partiu ao meio por causa das fortes agressões.

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Kiattisak Lamchan/EyeEm/Getty Images

A jovem buscou abrigo na casa de uma amiga e depois foi encaminhada para a hospital. “Ela estava machucada desde o dedo do pé até a orelha, literalmente. Nunca tinha visto nenhuma situação tão grave”, informou a conselheira tutelar que trabalhou no caso. O motivo de a jovem ter sido espancada, segundo a própria vítima, sua mãe e o padrasto, é que ela desobedeceu uma ordem e levou um colega de escola para dentro de casa.

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O “homem de família”, que se diz extremamente religioso, estava indo para a igreja quando se deu conta de que havia esquecido a carteira em casa. Ao retornar do culto, ele flagrou a enteada, pasmem, vendo TV ao lado do menino! O rapaz conseguiu escapar, mas a menina não. E foi espancada. “Talvez eu tenha exagerado um pouco, mas fiz para educá-la“, disse o padrasto.

O crime foi enquadrado na Lei 9.455/1997, conhecida como Lei da Tortura. Apesar de parecer uma situação absurda, é a realidade de muitas famílias, inclusive o fato de que, mesmo após ter sido agredida brutalmente, a vítima é quem está se sentindo culpada. “Minha filha prometeu que não fará isso novamente, ela está bem arrependida em ter desobedecido a uma ordem e quer pedir perdão para o padrasto”, revelou a mãe da adolescente de 13 anos.

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Que tipo de ser humano acha que educa alguém quebrando um cabo de vassoura na pessoa? Quem garante que essa garota está a salvo morando sob o mesmo teto que o cara que a agrediu? Como pode uma mãe entender que, realmente, a filha foi quem errou? “Honrar Pai e Mãe” é um dos Dez Mandamentos, e talvez a menina não tenha feito certo em convidar um garoto para ir até a casa dela escondido, mas com essa realidade a qual deve pertencer, não espanta a atitude que tenha tomado.

Coitado do Deus desse “homem religioso” que pegou incríveis dois anos de prisão em regime aberto. Tá certinho… Educação de qualidade!

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