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Nova data! São Paulo adia Carnaval 2021 por causa de pandemia de COVID-19

O prefeito Bruno Covas anunciou o adiamento durante coletiva. Desfiles e blocos de rua serão remanejados

Por Gabriela Junqueira Atualizado em 24 jul 2020, 20h29 - Publicado em 24 jul 2020, 15h20

Devido à pandemia de coronavírus, a Prefeitura de São Paulo anunciou, nesta sexta-feira (24/7), o adiamento do Carnaval do próximo ano. O anúncio foi feito pelo prefeito da capital, Bruno Covas, durante uma coletiva no Palácio dos Bandeirantes. “Estamos definindo tanto com os blocos quanto com as escolas e com as outras cidades. (…) Muito dificilmente ocorrerá em junho, porque coincide com os festivais de São João no Nordeste. Estamos definindo ou final de maio ou começo de junho para realização do Carnaval 2021“, disse.

CSA Images/Getty Images

Por causa da COVID-19, o governador do Estado, João Dória, já havia anunciado anteriormente que grandes eventos, como o Reveillón, não deveriam acontecer até existir uma vacina. “Nós não temos que celebrar nem Ano Novo nem Carnaval diante de uma pandemia. Apenas com a vacina pronta e aplicada, e a imunização feita, é que podemos ter celebrações que fazem parte do calendário do país”, explicou o político.

Antes do adiamento do Carnaval, a Liga das Escolas de Samba de São Paulo já propunha que a data da festa fosse alterada e aguardava uma resposta para começar o planejamento do evento. Em entrevista para o G1, antes do anúncio desta sexta-feira, Sidnei Carriulo, presidente da Liga, garantiu que o Carnaval 2021 seria diferente: “Nos mesmos moldes de costume é impossível, já pensamos em adaptações.”

“Tanto as escolas quanto os blocos entenderam a inviabilidade de organização do Carnaval para fevereiro do ano que vem”, explicou o prefeito durante a coletiva. O festejo, principalmente o de rua, em São Paulo é maior do país e neste ano trouxe “um benefício econômico para a cidade de R$ 2,7 bilhões”, segundo Covas.

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O Carnaval 2021 pode ser adiado em outros estados também. Rui Costa, governador da Bahia, informou em entrevista à CNN que os festejos só acontecem no estado após a vacina. “Não dá para imaginar um show com 50 mil pessoas, com 20 mil pessoas ou com 5 mil pessoas em qualquer lugar do mundo antes da vacina. O risco de haver uma proliferação é enorme”, explicou.

Apesar de uma nota oficial ainda não ter sido emitida pelo governo do Rio de Janeiro, escolas de samba já alertam que os tradicionais desfiles na Marquês de Sapucaí não devem acontecer, assim como os desfiles de rua. Sem a vacina, muito provavelmente o Carnaval carioca deve ser adiado, da mesma maneira como será em São Paulo. A tendência é que a mesma decisão seja tomada em outras localidades brasileiras, também com outras celebrações tradicionais, como o Ano Novo.

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