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Não pode bloco, mas pode festa? Entenda como vai funcionar o Carnaval 2022

As informações estão desencontradas, já foram registrados blocos clandestinos e há variações entre a rede particular e pública de ensino

Por Isabella Otto Atualizado em 21 fev 2022, 14h02 - Publicado em 21 fev 2022, 11h54

Vai ter Carnaval ou não? Esta é a pergunta que muitos estão se fazendo. Se em 2021 a campanha vacinal contra a Covid-19 trouxe esperanças de que o feriadão seria comemorado entre blocos de rua e desfiles, a onda da variante Ômicron entre o final de no ano passado e o início de 2022 alterou os planos.

Ala das baianas passando pelo sambódromo Marquês de Sapucaí. Elas vestes roupas azul e rosa.
Ala das baianas passando pelo sambódromo Marquês de Sapucaí luoman/Getty Images

Vai ter feriado de Carnaval?

O Carnaval não consta no calendário de feriados nacionais, mas a maioria dos estados brasileiros decretou ponto facultativo nos dias 28/02, 1º/03 e 2/03. Em alguns casos, funcionários retornam ao trabalho na quarta-feira após às 12h. É importante consultar como vai funcionar o feriado na sua empresa, pois é ela quem decidirá sobre essa questão. É necessário também checar como funcionará o feriado na sua escola (particular ou pública), caso o estado em que resida não tenha decretado ponto facultativo. Por exemplo, na Bahia, as aulas da rede estadual de ensino vão ocorrer normalmente, uma vez que o Diário Oficial apresentou uma portaria que considera os três dias de Carnaval como letivos em 2022 – contudo, muitas escolas particulares vão emendar o feriadão. Então, é preciso checar mesmo como será o esquema na sua instituição.

E os blocos de rua?

A maioria dos estados brasileiros cancelou o Carnaval de rua por causa da situação pandêmica envolvendo a variante Ômicron. Em janeiro, 18 capitais já haviam cancelado os blocos enquanto outras estavam liberando os festejos sem financiamento ou não tinham ainda batido o martelo.

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Apesar da proibição, o bloco “Não Adianta Ficar Putin” desfilou no Centro do Rio de Janeiro no último final de semana. Ele contava com aproximadamente 100 pessoas e a aglomeração foi logo desfeita pelas autoridades, que pedem “conscientização e colaboração da população para evitar participar de eventos [blocos clandestinos] do tipo”, disse a Guarda Municipal do Rio.

Bloco de rua no bairro do Flamengo, no Rio de Janeiro, em um mundo pré-pandêmico. A multidão está se divertindo.
Bloco de rua no bairro do Flamengo, no Rio de Janeiro, em um mundo pré-pandêmico luoman/Getty Images

Então, não vai ter folia?

Blocos de rua abertos ao público não, pois os governantes entenderam que fazer o controle dos foliões seria muito difícil e o tumulto poderia resultar em uma nova onda de Covid-19, que poderia causar novamente o colapso dos sistemas de saúde, já bastante desestabilizados. Contudo, festas privadas estão permitidas. Por isso, muitos blocos que antes saíam nas ruas estão acontecendo em locais fechados. Neste caso, as respectivas casas de show ficam responsáveis por cumprir os protocolos sanitários contra o coronavírus – e cabe ao folião entender se vale ou não a pena correr o risco.

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No início de janeiro, o deputado Pastor Eurico até escreveu o Projeto de Lei 4183/21 pedindo o cancelamento também dos festejos privados. Ele chegou à Câmera no dia 07/02, mas segue aguardando a designação de relator na Comissão de Cultura.

Os desfiles das escolas de samba vão ocorrer?

No Rio de Janeiro e em São Paulo, os desfiles nos sambódromos foram adiados para abril e devem ocorrer entre os dias 20 e 30. Até lá, acredita-se que os casos de contaminação pela variante Ômicron estarão mais controlados. Os protocolos serão os seguintes:

  • exigência do Passaporte da Vacina para o público;
  • limite de ocupação máxima de 70% da capacidade de público em todos os setores (arquibancada, camarotes e pista);
  • pré-cadastro de componentes do desfile com o Passaporte da Vacina, que será exigido também para os desfilantes;
  • uso obrigatório de máscara para desfilantes e espectadores;
  • redução do número de integrantes por escola;
  • controle de público na concentração e dispersão.
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