Médico do Brasil voluntário em teste da vacina de Oxford morre de COVID-19
O médico João Pedro Rodrigues Feitosa recebeu o placebo durante os testes da vacina, a informação foi confirmada pela TV Globo
Na última quinta-feira, 15, João Pedro Rodrigues Feitosa, de 28 anos, médico que participava dos testes clínicos da vacina de Oxford contra o coronavírus, faleceu devido a complicações da COVID-19. A Anvisa foi informada sobre o caso nesta semana. Segundo a TV Globo, o voluntário recebeu apenas o placebo durantes os testes – uma dose de controle que 50% dos participantes receberam-, e assim, não teve contato com a dose imunizante da vacina.
Em entrevista para O GLOBO, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária disse que o episódio está sendo investigado e que mais informações não podem ser divulgadas por causa dos “compromissos de confidencialidade ética previstos no protocolo”. Entretanto, o Comitê Internacional sugeriu que os testes da vacina prosseguissem após uma avaliação independente.
“A análise rigorosa dos dados colhidos até o momento não trouxe qualquer dúvida com relação à segurança do estudo, recomenda-se sua continuidade. Vale lembrar que se trata de um estudo randomizado e cego, no qual 50% dos voluntários recebem o imunizante produzido por Oxford. No Brasil, até o presente momento, já foram vacinados aproximadamente 8.000 voluntários“, informou em nota o Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino do Rio de Janeiro, responsável pelas testagens da ChAdOx1 nCoV-19 em território brasileiro.
Nesta semana, Jair Bolsonaro gerou polêmica ao dizer que a vacinação no país não será obrigatória, que não comprará a Coronavac, vacina da China, e que não aprovará nenhuma vacina sem prévia autorização da Anvisa, mesmo que os estudos se mostrem eficientes.
Enquanto os testes das vacinas seguem no mundo todo, é importante continuar respeitando todos os protocolos de segurança contra o coronavírus estipulados pela OMS. Lembrando que o Brasil continua sendo um dos países mais afetados pela pandemia, com mais de 5 milhões de casos e 155 mil mortes.
Se precisar sair, use máscara, respeite o distanciamento social e higienize constantemente as mãos. A pandemia não acabou.