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Homens e mulheres pagarão o mesmo valor para entrar em baladas

O Ministério da Justiça já está trabalhando para que as mulheres deixem de ser VIPs e/ou paguem menos que os homens para entrar em casas noturnas.

Por Isabella Otto Atualizado em 31 out 2024, 21h35 - Publicado em 3 jul 2017, 12h27

Não é de hoje que sabemos que homens pagam mais caro para entrar em baladas mundo afora. No Brasil, a diferença cobrada chega a ser duas ou três vezes maior! Muitas meninas enxergam isso como uma espécie de vantagem, afinal (1) elas vão economizar e (2) merecem esse ~agrado~ por todo o machismo que enfrentam diariamente. Contudo, não é bem assim que a banda toca.

Mulheres não pagarão mais barato que homens para entrar em baladas Mulheres não pagarão mais barato que homens para entrar em baladas
Diversas garotas já estão comemorando mais essa conquista! Reprodução/Reprodução

Essa prática comum de cobrar menos de mulheres que de homens para entrar em casas noturnas, na verdade, é algo extremamente machista, que gera lucro apenas para o estabelecimento. Na mente dos gerentes, como o valor da entrada para clientes do sexo feminino é menor, mais garotas irão na balada. Consequentemente, isso desperta interesse nos clientes masculinos, que terão um vasto “cardápio” de opções e não se importarão de pagar mais para usufruir dele. O pensamento é machista e a prática também. Além de ilegal!

No último domingo, 2, o programa Fantástico, da Rede Globo, divulgou que o Ministério da Justiça já está tomando as devidas providências para igualar o valor das entradas em boates para homens e mulheres. Comunicados já estão sendo enviados para os estabelecimentos e espera-se que, a partir deste segundo semestre, a mudança já esteja valendo.

Mulheres não pagarão mais barato que homens para entrar em baladas
Pode parecer um pequeno passo para as mulheres, mas é um grande salto para a humanidade! Reprodução/Reprodução
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De acordo com o comunicado oficial liberado pelo Ministério, “a diferenciação de preços entre homens e mulheres é uma afronta ao princípio da dignidade humana”. Além disso, configura a “utilização da mulher como estratégia de marketing que a coloca em situação de inferioridade.” A regulamentação vale também para shows, festivais, etc.

Por isso, não deixe que te convençam de que você está sendo favorecida ao pagar menos ao entrar em baladas. Ser VIP até determinado horário pode ser atraente, mas, na verdade, a casa noturna só está te usando como ferramenta para atrair mais clientes homens – e lucrar com  isso. Ela não está sendo boazinha ou pensando no seu bolso. 

 

 

 

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