Fake news geram mais engajamento online que notícias verdadeiras

Isso explica a rapidez com o qual as notícias falsas se espalham e o porquê de tantos veículos usarem títulos sensacionalistas.

Por Isabella Otto Atualizado em 31 out 2024, 01h58 - Publicado em 27 Maio 2019, 14h00

Um recente estudo desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Oxford, na Inglaterra, concluiu o óbvio – mas que muita gente custa acreditar: fake news causam mais engajamento nas redes sociais que notícias verdadeiras.

Caiaimage/TomMerton/Getty Images

De acordo com a investigação, comandada pelo Instituto de Internet da universidade, os sites populares de junk news, como os ingleses se referem às notícias inverídicas, podem ter um engajamento até 4X maior que os tradicionais sites jornalísticos. Foram analisadas postagens sobre política com foco nas eleições do Parlamento Europeu, que começaram no dia 23 e se encerram no próximo dia 26. Na Inglaterra, o engajamento bateu recordes e foi seguido por países como Alemanha, Suécia e França.

Se esse estudo inglês mostrou que o Twitter não preocupa tanto na Europa, outro realizado anteriormente pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT), e levando em conta o comportamento de americanos, prova justamente o contrário: os conteúdos falsos se espalham 6X mais rápido que os verdadeiros nessa rede social.

 

Esses dois levantamentos explicam o motivo de as fake news viralizarem, já que causam mais engajamento, e também servem para justificar o comportamento de muitos veículos sérios que acabam se rendendo às tentações dos títulos sensacionalistas na corrida por audiência.

Checar a fonte, onde a matéria foi publicada, por quem está sendo compartilhada e quando foi escrita são necessidades básicas. Se a postagem estiver no Twitter, não custa fazer uma análise ainda mais detalhada. Vale destacar que a rede social do passarinho azul é a preferida de muitos políticos pelo mundo, inclusive do presidente Jair Bolsonaro.

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