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Entenda o que mudou com a nova classificação de eficácia da CoronaVac

Novos casos foram somados aos antigos e agora a eficácia é global, por isso foi para 50,38% - mas a vacina continua sendo segura e eficiente

Por Gabriela Junqueira Atualizado em 12 jan 2021, 16h20 - Publicado em 12 jan 2021, 15h02
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CAPRICHO/Sestini/Divulgação

Nesta terça-feira, 12, o Instituto Butantan realizou uma coletiva de imprensa para informar os novos dados da fase três de testes da CoronaVac, incluindo a eficácia global da vacina, que é de 50,38%. Na última semana, o Governo de São Paulo havia anunciado que a taxa seria de 78% para casos leves e 100% para casos graves. Mas, afinal, o que mudou?

Sérgio Cimerman, médico infectologista do hospital Emílio Ribas, disse que “esses [novos] dados podem saltar os olhos por parecerem baixos, mas não são”. Durante a coletiva, o médico também pediu que a população pare de focar em quem é o fabricante da vacina e pense na droga em si – até porque uma grande parcela dos remédios que tomamos é fabricada na China. Enfim, a hipocrisia.

Vacina: Coronavac tem eficácia geral de 50,38%; entenda o que número significa
Евгения Матвеец/Getty Images

Apesar de parecer um dado bem diferente do apresentado na última semana, com 12 pontos de distância de uma eficácia para outra, desta vez, a porcentagem inclui as pessoas que na fase três de testagem, foram infectadas pelo vírus e estavam assintomáticas. Para avaliar os sintomas, a Organização Mundial da Saúde usa uma escala de 0 a 10, sendo de 1 a 3 para os casos leves, de 4 e 5 para os moderados, de 6 a 9 para os graves, e 10 para os fatais.

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Para compreender o impacto do dado divulgado nesta terça, é importante saber sobre eficácias de vacinas. A taxa de eficácia representa a capacidade da substância de garantir a prevenção da enfermidade. “Por que o dado de eficácia é importante? Porque ele vai nortear a meta de vacinação(…) Nosso objetivo maior agora deve ser a campanha de vacinação em massa, porque só assim veremos um resultado real na população“, explica Natalia Pasternak, bióloga e presidente do Instituto Questão de Ciência, que destaca ainda que a CoronaVac é uma vacina possível para o Brasil.

O Instituto Butantan entrou com um pedido emergencial na Anvisa na última quarta-feira, 6, para o uso da vacina, e o governador do estado de São Paulo, João Dória, segue com o plano de iniciar a vacinação em 25 de janeiro. Na última segunda, 11, Soumya Swaminathan, cientista-chefa da OMS, relembrou a importância da vacinação para o combate da pandemia, cujo cenário deve se estabilizar apenas em 2022.

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