Entenda o caso de Yasmin da Silva Nery, esquartejada em primeiro encontro
Adolescente de 16 anos chegou a sentir que ir ao encontro não era uma boa ideia e publicou a preocupação no Twitter: "se eu sumir/morrer, já sabe".
Nos últimos dias, um caso chocou o Brasil. Yasmin da Silva Nery, de 16 anos, desapareceu na tarde do último dia 9. Ela morava em Araraquara, interior de São Paulo, e havia ido se encontrar com um adolescente de 17 anos que conheceu em um show no dia anterior à saída. Antes de ir ao encontro, contudo, Yasmin chegou a publicar tweets afirmando que talvez frequentar a casa do garoto que ela mal conhecia fosse uma péssima ideia. Era como se estivesse sentindo que alguma coisa poderia dar errado. E, de fato, deu. Muito. No dia 10, o corpo da estudante foi encontrado esquartejado.
Yasmin decidiu ignorar a preocupação e saiu no domingo à tarde, dizendo aos pais que iria a um show em uma unidade do SESC com amigos. O adolescente, contudo, havia convencido a menina a ir com ele para um “lugar mais reservado”; e a levou para casa. O último contato de Yasmin com a família foi às 17h do domingo. Na casa do garoto, ela foi morta por enforcamento. Depois, o corpo da jovem foi esquartejado e os pedaços foram deixados em locais diferentes da cidade.
Segundo a Polícia Civil, os familiares denunciaram o desaparecimento da estudante e a investigação apurou que ela tinha sido vista pela última vez com o jovem. Pressionado, ele acabou confessando que matou a menina e, para se livrar do corpo, cortou-o em pedaços. Em depoimento, o jovem disse à polícia que matou Yasmin porque “queria saber como é” matar uma pessoa.
De acordo com a investigação, o adolescente aproveitou a ausência da mãe, que havia ido à igreja, para cometer o crime. Ele teria pedido para que Yasmin ficasse em pé e fechasse os olhos para imaginar um lugar onde os dois poderiam estar juntos e, então, aplicou o golpe de enforcamento na garota. Segundo a polícia, ela tentou resistir e ainda conseguiu feri-lo com uma faca na perna. O criminoso contou ainda que aprendeu truques de luta, cortes e esquartejamento em sites da deep web.
Na noite da segunda-feira, 10, a polícia também deteve a namorada do rapaz, uma adolescente de 17 anos, apontada como cúmplice no crime. Segundo a investigação, a garota teria ajudado o namorado a descartar os pedaços do corpo em uma lagoa. De acordo com a polícia, a adolescente admitiu que o namorado falava em matar alguém há algum tempo, mas que ela não acreditava que ele pudesse cometer o ato. Os policiais ainda disseram que a menina pareceu arrependida na frente dos familiares, mas dava risadas durante o depoimento.
O adolescente foi transferido para uma unidade da Fundação Casa, em São Carlos, enquanto a namorada também foi para uma unidade de internação, só que em Franca. Os nomes dos dois não foram divulgados. O Corpo de Bombeiros segue em trabalho para tentar encontrar os restos do corpo de Yasmin.
A vida de Yasmin foi interrompida por alguém cruel que provavelmente tem problemas psicológicos, como desconfiam as autoridades, mas essa triste tragédia também serve para deixar um alerta importante e que não deve ser ignorado: cuidado ao confiar em pessoas que você não conhece. Jamais vá para a residência de um estranho, por mais que você esteja gostando dele. Às vezes, até mesmo quem a gente acha que conhece muito bem, pode nos surpreender negativamente. Prefira sempre se encontrar em lugares públicos, ainda mais em encontros às cegas, e nunca minta sobre onde você está indo. E jamais, sob hipótese alguma, ignore aquela vozinha da consciência que diz que algo não está certo. Talvez, se Yasmin tivesse ouvido sua intuição, que estava dando alerta máximo, como ela deixou claro no Twitter, ainda estivesse aqui.
Desejamos força aos familiares e amigos de Yasmin, e, por favor, cuidado.