Continua após publicidade

Entenda como funciona o cálculo das notas do Enem

Compreender esse método te ajuda a mensurar sua nota após a prova

Por Mavi Faria 30 out 2024, 19h00
A

lô alô, vestibulandos de plantão! Para quem está se preparando, nestes últimos dias para o primeiro dia de prova do Enem, é importante saber que conhecer o exame não consiste somente em entender quais conteúdos costumam cair, duração de prova e quantidade de questões de cada matéria.

Compreender o método de correção do Enem é também um ponto muito importante, porque é por meio dele que você consegue ter uma estimativa de qual será a sua nota após a prova. Ao invés de deixar o dia do exame com muita expectativa e ter que esperar até o resultado sair, você poder ter uma noção de quão bem você irá.

Isso porque, no caso do Enem, a correção e notas não segue o padrão “1 questão acertada = 1 ponto”. Para a nota final da prova objetiva, é levada em consideração o conjunto das 180 questões respondidas e sua coerência. Esse método é conhecido como Teoria de Resposta ao Item (TRI) e seu objetivo é medir não necessariamente os acertos, mas o desempenho dos estudantes no geral, por meio de cálculos matemáticos.

Se você nunca ouviu falar no TRI, é importante conferir o guia do participante para entender a nota, disponibilizado no site do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).  

Continua após a publicidade

Como a nota é calculada?

Já que cada questão é analisada sozinha e, depois, no todo, o Enem se utiliza de três parâmetros para conseguir estabelecer as notas mínimas e máximas.

  • Parâmetro de discriminação: ele é capaz de identificar e separar os estudantes que compreendem e dominam um assunto e acertaram, daqueles que não e erraram;
  • Parâmetro de dificuldade: este parâmetro é o que estipula o valor de cada questão dependendo de sua dificuldade. Ou seja, quanto mais difícil uma questão, mais pontos ela terá;
  • Acerto casual (chute): é o que apresenta que aquele estudante, apesar de ter acertado, não domina o assunto e acertou por chute.

Estes três parâmetros, na prática, tornam possível que uma pessoa que acerta uma questão fácil e erre uma difícil tenha a nota similar àquela que errou a fácil e acertou a difícil. Isso porque o método entende que, ao errar a fácil e acertar a difícil, o acerto foi ao acaso, e não por realmente entender o conceito, já que a fácil exige menos conhecimento e habilidade que a difícil. Por isso, ao invés de ter os pontos que normalmente teria nesse caso, a questão difícil garante ao aluno menos pontos.

Da mesma forma, dois alunos com a mesma quantidade de acerto têm notas diferentes, e mais acertos não necessariamente significa mais pontos – todas essas questões são mutáveis dependendo de quais questões são erradas e acertadas.

Continua após a publicidade

Apesar da variação, um estudante com mais acertos sempre terá uma nota maior que quem teve menos, mas a distância entre as duas notas pode ser bem menor dependendo da questão.

Outro ponto importante de ser levado em consideração ao analisar a sua prova depois e quais questões acertou ou não é o fato que as notas máxima e mínima na prova objetiva do Enem mudam todo ano, justamente por depender das questões e seu nível de dificuldade.

Por isso, assim que os resultados das questões for liberado no site do Inep, no dia 20 de novembro, você também pode procurar por essas duas notas e fazer a estimativa da sua própria prova.

E aí, você já conhecia o TRI?

Publicidade