A realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), prevista para o próximo domingo (17/1), foi suspensa no Amazonas pela Justiça Federal. A decisão, tomada pelo juiz Juiz Ricardo Augusto de Sales e publicada na quarta-feira (13), estabelece que a prova não deve acontecer até o fim do estado de calamidade pública decretado no estado, com pena de R$ 100 mil caso a medida seja descumprida, até o limite de 30 dias.
No mesmo dia em que a decisão foi tomada, Manaus, capital do Amazonas, batia um recorde de novos casos de internações. Nos primeiros 12 dias do ano, a cidade registrou 2.221 internações, número superior ao mês de abril, um dos mais complicados da pandemia. A taxa de ocupação de leitos de UTI também preocupa: 90% na rede pública e 93% na rede privada.
Antes mesmo da decisão de suspensão, a Prefeitura de Manaus anunciou que não liberaria as escolas municipais para a realização da prova. “Prefiro arcar com o ônus de tomar a decisão de não fazer a prova do que ter a culpa de ter liberado para pessoas se aglomerarem, serem infectadas e irem a óbito“, disse Pauderney Avelino, secretário de Educação.
Mesmo com o aumento de casos no Brasil, com excessão do estado do Amazonas, o Enem segue mantido e fará com que mais de 5 milhões de estudantes saiam de suas casas em um momento em que o país bate mais de 8 milhões casos e com 205 mil mortes registradas.