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Davi desabafa sobre racismo: “Olham diferente para o jovem preto e pobre”

Após ganhar sua primeira liderança no BBB24, Davi reforça que "o racismo ainda existe" e conta episódio racista que sofreu

Por Mavi Faria Atualizado em 8 abr 2024, 13h15 - Publicado em 8 abr 2024, 13h13
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primeira liderança de Davi, de 21 anos, no BBB24 veio na noite de domingo (7), após a eliminação de Giovanna e seguida de uma nova formação de paredão. Além da liderança, o motorista de aplicativo leva para casa R$ 100.000, o que o fez refletir sobre o que fazer com o dinheiro e os próximos passos fora do programa.

No quarto fadas com Isabelle Nogueira, ele reafirmou o sonho de cursar medicina, já mencionado no programa e que será possível pela bolsa de estudos e a quantia em dinheiro ganho. Com o dinheiro, ele planeja presentear a mãe com uma casa e dar um pouco da quantia para a irmã, que, segundo ele, é quem está cuidando de suas redes sociais.

Além disso, com a estabilidade financeira, Davi sonha em poder estudar sem preocupação. “Virar doutor vai ser [a realização de] um sonho de infância. Só de pensar que vou chegar na faculdade com o carro, parar meu carro no estacionamento e estudar tranquilo, só focar em estudar e voltar para casa. Focar nos estudos e dar orgulho para minha mãe”, idealizou.

Contudo, enquanto sonhava com o futuro, Davi também refletiu sobre sua situação de um jovem preto, pobre e o que significa ter chegado até onde chegou.

“Um jovem, que nem a gente, que é preto e pobre, quando andamos com uma roupa meio assim já ficam olhando. É difícil chegar em um topo desses aqui. Por mais que falem que o público gosta de você, sabemos que existe racismo, o racismo existe. Ainda hoje, pessoas olham diferente para as pessoas que são pretas, que não têm muitas condições, é complicado“, comenta emotivo.

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@martasantanas

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♬ som original – Marta Santana

Em seguida, o brother ainda relembrou um episódio sofrido no Farol da Barra, em Salvador, sua cidade natal. Enquanto fazia exercícios físicos durante a noite, percebeu que duas mulheres a sua frente esconderam a bolsa e aceleram o passo ao notá-lo. “Até parei, para elas não pensarem que eu estava indo atrás delas ou algo do tipo”, afirma.

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Ele conta que, no momento, havia um outro homem negro na mesma pista, que começou a chorar dizendo “‘isso é por causa da minha cor? Da forma como estou vestido? Por que eu não tenho condição de comprar uma roupa bacana? De cortar o meu cabelo? De andar mais arrumado, cheiroso? De estar com um relógio de ouro no braço?’, poxa, aquilo me doeu”.

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