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Davi desabafa sobre racismo: “Olham diferente para o jovem preto e pobre”

Após ganhar sua primeira liderança no BBB24, Davi reforça que "o racismo ainda existe" e conta episódio racista que sofreu

Por Mavi Faria Atualizado em 29 out 2024, 15h59 - Publicado em 8 abr 2024, 13h13
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primeira liderança de Davi, de 21 anos, no BBB24 veio na noite de domingo (7), após a eliminação de Giovanna e seguida de uma nova formação de paredão. Além da liderança, o motorista de aplicativo leva para casa R$ 100.000, o que o fez refletir sobre o que fazer com o dinheiro e os próximos passos fora do programa.

No quarto fadas com Isabelle Nogueira, ele reafirmou o sonho de cursar medicina, já mencionado no programa e que será possível pela bolsa de estudos e a quantia em dinheiro ganho. Com o dinheiro, ele planeja presentear a mãe com uma casa e dar um pouco da quantia para a irmã, que, segundo ele, é quem está cuidando de suas redes sociais.

Além disso, com a estabilidade financeira, Davi sonha em poder estudar sem preocupação. “Virar doutor vai ser [a realização de] um sonho de infância. Só de pensar que vou chegar na faculdade com o carro, parar meu carro no estacionamento e estudar tranquilo, só focar em estudar e voltar para casa. Focar nos estudos e dar orgulho para minha mãe”, idealizou.

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Contudo, enquanto sonhava com o futuro, Davi também refletiu sobre sua situação de um jovem preto, pobre e o que significa ter chegado até onde chegou.

“Um jovem, que nem a gente, que é preto e pobre, quando andamos com uma roupa meio assim já ficam olhando. É difícil chegar em um topo desses aqui. Por mais que falem que o público gosta de você, sabemos que existe racismo, o racismo existe. Ainda hoje, pessoas olham diferente para as pessoas que são pretas, que não têm muitas condições, é complicado“, comenta emotivo.

@martasantanas

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♬ som original – Marta Santana

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Em seguida, o brother ainda relembrou um episódio sofrido no Farol da Barra, em Salvador, sua cidade natal. Enquanto fazia exercícios físicos durante a noite, percebeu que duas mulheres a sua frente esconderam a bolsa e aceleram o passo ao notá-lo. “Até parei, para elas não pensarem que eu estava indo atrás delas ou algo do tipo”, afirma.

Ele conta que, no momento, havia um outro homem negro na mesma pista, que começou a chorar dizendo “‘isso é por causa da minha cor? Da forma como estou vestido? Por que eu não tenho condição de comprar uma roupa bacana? De cortar o meu cabelo? De andar mais arrumado, cheiroso? De estar com um relógio de ouro no braço?’, poxa, aquilo me doeu”.

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