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Como a dança pode ser uma aliada no tratamento de depressão e ansiedade

No Dia Internacional da Dança, separamos seis motivos para você mexer esse esqueleto, seja de forma amadora ou profissional, em prol da sua saúde mental

Por Isabella Otto Atualizado em 30 out 2024, 17h40 - Publicado em 29 abr 2021, 15h01

Em 2018, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a depressão como a primeira causa de adoecimento no mundo. A doença não tem idade, classe social e etnia. Adolescentes e adultos têm o dia a dia afetado por uma “dor na alma”, cujo diagnóstico pode demorar a ser feito e, infelizmente, em muitos casos, não é visto como uma doença, nem mesmo por aqueles que a tem. Em tempos de pandemia, os quadros de depressão só têm se agravado, assim como o número de diagnósticos.

Montagem com imagens dos filmes LaLaLand, High School Musical, Billy Elliot, do clipe Treat People With Kindness, do Harry Styles, e da Judy Garland. Todos estão dançando.
CAPRICHO/Reprodução

Quando diagnosticada no início, a depressão pode ser tratada com remédios menos invasivos e tratamentos alternativos, como ioga, exercícios físicos, meditação… Aliás, esses tratamentos são aconselhados por médios para qualquer pessoa, pois, além de aliviarem os sintomas da depressão e da ansiedade, atuam diretamente no combate a eles.

Neste Dia Internacional da Dança, separamos seis provas de que essa arte é uma grande aliada no combate a esses dois males que são classificados atualmente como o mal da adolescência.

1. A dança aumenta a frequência cardíaca

O aumento da frequência cardíaca, consequentemente, produz um aumento da frequência respiratória, proporcionando também um maior controle sobre nossa respiração, que está totalmente ligado aos nossos sentimentos, sabia? Um estudo publicado no Journal of Neuroscience, realizado pelo pesquisador Jay Gottfried, professor de neurologia, mostra que, durante a inspiração, nós estimulamos mais os neurônios e a memória. Esse trabalho de controle da respiração também age como um calmante natural. Ou seja, primeiro temos a explosão, o momento de concentração total e exaustão, e depois temos o momento da tranquilidade, da respiração sendo controlada novamente.

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2. Libera serotonina e endorfina

A serotonina regula o sono, o apetite e o humor, enquanto a endorfina é conhecida como o hormônio do bem estar, do prazer, do amor. Juntos, eles fazem um bem danado para o metabolismo e atuam diretamente no combate a alguns dos principais sintomas da depressão e ansiedade, que são insônia, mau humor, drástica perda ou aumento de apetite, falta de vontade e “vazio” interior.

3. Melhora a autoestima

Depressão e ansiedade podem estar relacionadas a transtornos de imagem, que têm causas mais mentais que físicas. Nosso cérebro enxerga no espelho um reflexo do que não somos. Ao dançar, nosso corpo libera serotonina e endorfina, como vimos anteriormente, hormônios que dão uma sensação de bem estar muito grande e, consequentemente, nos ajudam no processo de aceitação e amor próprio.

4. Auxilia-nos a trabalhar nossos medos

Um estudo realizado pela universidade canadense McGill mostra que a dança trabalha em prol do nosso equilíbrio, inclusive do mental. Dois grupos de pessoas foram analisados, sendo que aquele formado por dançarinos superava o medo mais facilmente. Os pesquisadores queriam provar que, ao dançar, não só nossos músculos ganham incentivos, mas também nossa consciência, nos tornando pessoas mais concentradas, tranquilas e até mesmo corajosas.

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Bailarina dançando na peça O Mágico de Oz; ela está dando piruetas com seu sapatinho vermelho
Reprodução/Reprodução

5. Reduz consideravelmente o estresse

A correria do dia a dia e a pressão da rotina são algumas das principais queixas do mundo moderno. Crianças, jovens e adultos reclamam do excesso de atividades e compromissos na agenda. É importante encontrar uma tarefa que te dê prazer e te ajude a esquecer os problemas, sejam eles ligados ao trabalho, à escola ou à vida pessoal. Ao dançar, nosso corpo produz hormônios que combatem o estresse e agem em prol da nossa estabilidade e saúde mental. Olha só a serotonina e a endorfina de novo na área, gente!

6. Aumenta nossa energia e vontade de viver

A dança é uma das atividades físicas mais completas, pois trabalha o corpo, a mente e a alma. Decorar coreografias, escutar músicas, exercitar o corpo, controlar a respiração, ter paciência para não errar o ritmo, não ter vergonha de se apresentar para outras pessoas, lidar com as diferenças, ultrapassar seus limites… Aqui, a arte, mais uma vez, atua como uma ferramenta poderosa em prol da saúde mental do ser humano.

Feliz Dia Internacional da Dança! <3

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