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Caso George Floyd: policiais envolvidos responderão pelo crime na Justiça

Promotor responsável pelo caso decidiu endureceu as acusações contra os agentes envolvidos na morte do norte-americano

Por Isabella Otto Atualizado em 6 ago 2020, 10h18 - Publicado em 4 jun 2020, 11h38

Nesta quinta-feira (4/8), foi informado que o promotor que investiga o assassinato de George Floyd, em Minneapolis, nos Estados Unidos, processará Derek Chauvin, o policial que apertou o joelho contra o pescoço da vítima, de 46 anos, por nove minutos, mesmo ela não oferecendo resistência e dizendo que não estava conseguindo respirar, por homicídio sem premeditação. O agente já estava sendo acusado por homicídio culposo. Além disso, os outros três policiais que estavam no local, Tou Thao, J. Alexander Kueng e Thomas Lane, responderão por ajudar e instigar um homicídio sem premeditação.

O agente Derek Chauvin, que asfixiou George Floyd Handout/Getty Images

Anteriormente, apenas o agente diretamente responsável pela morte de Floyd estava respondendo na Justiça. Agora, todos os quatro policiais envolvidos no crime responderão a acusações penais.

Ben Crump, advogado da família Floyd, disse em comunicado oficial que “este é um passo importante rumo à justiça” e muito certamente uma decisão judicial que se deu pela pressão popular, com pessoas do mundo todo “erguendo as vozes pela mudança de forma pacífica”.

Minneapolis, no estado do Minnesota, é uma das cidades norte-americanas com maior índice de desigualdade racial. O assassinato de Floyd não foi um caso isolado, somando-se a outros crimes brutais contra negros, a maioria praticado por policias. “É o resultado de décadas e décadas de desigualdade estrutural”, disse Kevin Ehrman-Solberg, professor da Universidade do Minnesota, à BBC News.

Os agentes Tou Thao, Thomas Lane e J. Alexander Kueng, que respondem por apoiar o homicídio Handout/Getty Images

Tim Walz, governador do estado, disse ainda que “é um sistema que funciona exatamente como foi pensado. Infelizmente, isto significa que foi idealizado para excluir alguns”, ao se pronunciar sobre o início de investigações e sobre práticas policiais duvidosas ocorridas nos últimos 10 anos em Minnesota.

No justice, no peace!

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