Cachorra é morta por Polícia Ambiental no quintal de casa, acusam donos
"Invadiram nossa casa sem qualquer mandado e dispararam dois tiros", relata Clara de Carvalhos, dona de Gatai, uma filhote de nove meses
O brasileiro não tem um segundo de paz. Se o final de semana foi de esperança, por causa da aprovação emergencial da Anvisa dada para as vacinas contra o coronavírus, a segunda começou amarga. Nas redes sociais, pessoas se unem pedindo #JustiçaPorGatai, após integrantes da Polícia Civil Ambiental matarem a cachorrinha de nove meses de vida, segundo relato dos próprios donos do animal, Cláudio Alvares e Clara de Carvalhos. O crime ocorreu em Brasília e foi registrado na 9ª DP do Lago Norte.
“Cláudio e Clara me contaram que estavam em casa e, de repente, ouviram barulho de tiro e foram ver o que era. Foi aí que encontraram Gatai morta no fundo do terreno com um tiro na cabeça. Logo depois, atrás do portão, homens da DEMA, Polícia Civil Ambiental, e do ICMBio estavam com armas nas mãos olhando para o corpo do filhote”, explicou Daniel Donizet, deputado distrital e defensor dos animais, que está envolvido no caso.
O representante disse ainda que o casal, que havia adotado a cachorrinha há menos de um ano, disse que os policiais responsáveis pela morte usaram a desculpa de que estavam investigando um crime ambiental. “Agora, me questiono, perdemos o direito constitucional à propriedade privada?”, argumentou o deputado Donizet. “Cuidamos dos nossos cachorros com tanto amor e carinho, para o próprio Estado entrar na nossa casa, sem nenhuma justificativa, e de uma forma tão negligente e fria, e matar a nossa bebê. Eles invadiram nossa casa sem qualquer mandado e dispararam dois tiros dentro da nossa casa. Um atingiu nossa cachorrinha, mas podia ter me atingido”, lamentou Clara nas redes.
O momento em que Cláudio percebe que Gatai havia sido morta dentro do quintal de sua casa é angustiante – por isso, fica o alerta antes de dar o play no vídeo a seguir:
O deputado Daniel Donizet diz que está “aguardando respostas das instituições que participaram da operação”. A CAPRICHO também entrou em contato com a DEMA (Delegacia Especial de Proteção ao Meio Ambiente) de Brasília mas, até a hora em que esta matéria foi publicada, não obteve resposta.