Continua após publicidade

Bolsonaro adianta meta de zerar gases poluentes e pede “justa remuneração”

Após cobrança dos Estados Unidos, Bolsonaro promete na Cúpula do Clima que vai antecipar para 2050 meta de zerar as emissões de gases

Por Gabriela Junqueira Atualizado em 22 abr 2021, 12h17 - Publicado em 22 abr 2021, 12h11

Nesta quinta-feira, 22, chefes de estado de 40 países se reuniram na Cúpula do Clima para debater questões relacionadas ao meio ambiente e o aquecimento global. O presidente Jair Bolsonaro, que participou do evento acompanhado de alguns ministros, disse que pretende adotar medidas que reduzam a emissão de gases nos próximos anos, pedindo uma “justa remuneração” pelas ações do Brasil, e mudando o tom do discurso que vinha adotando.

Jair Bolsonaro sentado ao lado de Ricardo Salles durante Cúpula do Meio Ambiente. Ao fundo, aparece a bandeira do Brasil
Instagram/Reprodução

“Apesar das limitações orçamentárias do governo, determinei o fortalecimento dos órgãos ambientais do governo, duplicando os recursos destinados às ações de fiscalização”, disse. Após prometer que o país vai zerar as emissões de gases do efeito estufa até 2050 e acabar com o desmatamento ilegal até 2030, o presidente falou que “é preciso haver justa remuneração pelos serviços ambientais prestados por nossos biomas ao planeta como forma de reconhecer o caráter econômico das atividades de conservação”. Em sua fala, Bolsonaro também citou as medidas de preservação ambiental que já foram adotadas no passado e a ideia de desenvolvimento sustentável defendida na Conferência Rio-92, que foi sediada no Brasil.

A mudança de tom de Bolsonaro não foi por acaso: ela vem após uma série de cobranças dos Estados Unidos para que o Brasil mostre um maior comprometimento em combater o desmatamento na Amazônia. Mas, o presidente dos USA, Joe Biden, não acompanhou o discurso de Bolsonaro. Antes da fala do presidente argentino, Alberto Fernández, Biden pediu licença por alguns minutos e se retirou do local em que acontecem os pronunciamentos e não retornou a tempo de escutar o presidente brasileiro. 

Publicidade