Oi, gente! Tudo bem? Aqui é a Bruna Nunes e a Paula Neiman. Gostaríamos de falar um pouco sobre aquele velho lema “a beleza dói” e frases semelhantes. Desde muito tempo, as mulheres escutam que, para ser bonita, tem que sofrer mesmo. Mas espera aí! O que nos faz sofrer? A beleza ou o esforço para nos encaixarmos em um padrão que é inexistente? Ou melhor, provavelmente inalcançável?
Fazer a sobrancelha, se depilar, ter um cabelo impecável, clarear estrias, esconder os famosos “pneuzinhos”, colocar um salto alto e lutar por uma cintura fininha são situações que mulheres passam no dia a dia. Apesar de hoje, felizmente, termos noção de que colocar isso como regra é muito retrógrado, ainda é algo ensinado para as mulheres que, desde jovens, passam por esses processos mesmo que as machuque, com a justifica de que mulher sofre mesmo para ser bonita. Oi?
A romantização da dor no mundo da estética é algo que assusta muito, não dá para enxergar como algo saudável. E a mídia, inclusive, romantiza um sofrimento sem ao menos perceber.
Em 6/5, aconteceu um dos eventos mais aguardados do mundo da moda: o MET Gala. Quem não deixou de marcar presença foi a família Kardashian. E é exatamente sobre o look intenso, molhado e sufocante da Kim Kardashian que iremos falar.
Para quem não sabe, Kim apareceu com uma cintura fora do comum e, após muitas especulações, revelou que usou um espartilho muito trabalhoso e personalizado. Ela teve dificuldade para se locomover, não podia usar o banheiro, contou com a ajuda de uma equipe inteira para entrar no look, mas conseguiu atingir a cintura “dos sonhos”. Alguns dos comentários se referiam ao pensamento de “a moda e seus sacrifícios”, mas não conseguimos ver como algo saudável.
Mais tarde, uma revista norte-americana publicou um vídeo no qual mostra toda a preparação da musa. Na gravação, vemos que ela mal conseguia respirar e sentar era uma tarefa quase impossível. “Então, Anna, se eu não sentar para o jantar, você sabe o motivo. Eu vou andar pelas mesas, me enturmando, conversando, mas eu não consigo sentar. Só consigo sentar pela metade“, Kim brinca no vídeo.
A moda e a beleza não precisam ser sofridas para que se alcance um padrão. A dor não é bela, galera! Precisamos tirar esse tipo de discurso do nosso vocabulário, porque é humanamente impossível colocar uma cintura dessas como o corpo dos sonhos. Nossos corpos são diferentes, temos fisionomias diferentes. Não devemos fazer nada que atrapalhe a nossa saúde para ficarmos com corpos “perfeitos”. Afinal, eles nem existem.
Por um mundo onde a beleza e a dor andem separadas, sem sofrimento doentio. Tudo no seu tempo e no seu conforto! Seja linda como você quiser.
Beijos,
@minha_f5 e @paula_neiman
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