Neste Mês do Orgulho, quero propor uma reflexão: você já parou para pensar como nós, jovens, somos impactados pela arte LGBTQIAP+? E qual é a importância disso?
Olá, gente! Eu sou a Nick, da Galera CH, e artista LGBT. Para celebrar a diversidade e exaltar a luta da nossa comunidade, quero compartilhar, com imenso orgulho, um pouco da minha trajetória e como a arte foi essencial para eu me descobrir e não me sentir só perante o mundo de incertezas que a adolescência estava se mostrando.
Sou uma pessoa bi. Aos 13 anos, diversos aspectos começaram a mudar na minha vida, inclusive meu corpo. Enquanto as minhas amigas estavam falando sobre garotos, eu percebi despertar em mim o interesse por beijar na boca.
Foi quando conheci uma menina, mas aquilo não parecia certo… Uma garota se apaixonando por outra? Não soava correto ou comum. Como podia todas as amigas à minha volta estarem falando dos meninos bonitos da turma e eu só conseguir pensar em tentar entender o que eu era? Ou melhor, o que era aquilo que eu estava sentindo?
Me refugiei na internet, nos blogs, na arte e na música. O desenho, a escrita e as letras das canções se tornaram excepcionais para eu entender que aquilo que eu sentia não era errado ou anormal. Nesse meu mundo particular, me deparei com diversos artistas que retratavam em suas produções sentimentos similares àqueles que habitavam dentro de mim.
Afinal, como algo tão lindo, como o amor, poderia ser taxado como incorreto?
No fim, a dúvida que perambulava na minha mente para entender o que eu era se transformou em tentativas de buscar o porquê existiam pessoas que afirmam que o meu tipo de amor era errado.
Artistas nacionais emblemáticos como Jão, Anavitória, Ana Gabriela, Rodrigo Alarcon fizeram parte do meu crescimento, me mostrando que eu não estava só. Eu não me sentia só.
Por isso, nesse mês do orgulho, realizei uma produção de artes autorais baseadas em músicas que representam algumas das letras da sigla LGBTQIAP+, em homenagem a todos aqueles que se identificam com a arte e com música.