Barragem da Vale se rompe em Brumadinho; lama pode atingir museu Inhotim
Acidente ambiental ocorreu na Mina Córrego do Feijão. Ate o momentos, não se sabe ao certo a quantidade de área afetada e se há vítimas.

Três anos após o desastre de Mariana, outra barragem se rompe em Minas Gerais, dessa vez no município de Brumadinho, em Belo Horizonte. O acidente ambiental teve início na empresa conhecida como Mina Córrego do Feijão, administrada pela Vale. A lama invadiu a portaria e o refeitório da companhia por volta das 12h desta sexta-feira, 25, depois seguiu até a Vila Ferteco, uma comunidade na região.

Até o momento, as autoridades não sabem ao certo o tamanho do estrago nem a quantidade de pessoas afetadas – inclusive, se já há alguma vítima fatal. “A prioridade total da Vale, neste momento, é preservar e proteger a vida de empregados e integrantes da comunidade”, informou a empresa.
O famoso museu privado à céu aberto que fica na região, conhecido como Inhotim, começou um processo de evacuação de segurança nesta tarde. Ainda não se sabe realmente se a lama vai atingir as dependências do local, mas, por questões de seguranças, visitantes e funcionários foram afastados do local.
Veja algumas imagens e alguns depoimentos de quem está acompanhando o caso de perto:
Inhotim sendo evacuado por volta de 13:30 após rompimento da barragem Mina do Feijão, em Brumadinho/MG.#brumadinho #Vale #inhotim #MinasGerais pic.twitter.com/wCvDpohUwx
— Hadija-dija ❤️ Memecoin (@o_oriya) January 25, 2019
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Vale lembrar que, em outubro, o presidente eleito Jair Bolsonaro extinguiu o Ministério do Meio Ambiente. Segundo ele, a proposta, na verdade, é apenas incluir essa pasta a uma secretaria subordinada ao Ministério da Agricultura. Especialistas como Adriana Ramos, coordenadora de políticas e direitos socioambientais do ISA (Instituto Socioambiental), garante que a medida é preocupante. “Não se trata de uma fusão, mas da extinção do Ministério do Meio Ambiente como o conhecemos(…) Retrocessos na agenda ambiental do País podem representar riscos enormes à reputação das empresas e produtores brasileiros, colocando o Brasil na contramão do movimento global de transição para a economia de baixo carbono”, disse Adriana em entrevista ao Globo Rural.