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Atleta de vôlei de 18 anos é assassinada pelo Talibã por jogar sem véu

A adolescente, chamada Mahjabin Hakimi, também era de origem Hazara, grupo étnico perseguido pelos jihadistas

Por Gabriela Junqueira 21 out 2021, 17h32

Foi divulgado recentemente que o grupo terrorista Talibã decapitou a jogadora de vôlei Mahjabin Hakimi, um dos principais nome do time municipal de Cabul, capital do Afeganistão. Segundo o técnico, a jogadora foi assassinada de forma violenta por jihadistas no começo de outubro, mas o caso só foi divulgado agora por questões de segurança, afirmou ao The Persian Independent. Até o momento, só a família da jovem sabia da morte e temia sofrer retaliações.

Mahjabin Hakimi, estrela do volêi, andando de bicicleta
Mahjabin Hakimi adorava praticar esportes e era famosa em Cabul Reprodução/Reprodução

Segundo o veículo, Hakimi foi assassinada por estar jogando sem véu e por ser de origem Hazara [etnia persa], um povo perseguido pelo Talibã. “Todas as jogadoras do time de vôlei e o resto das atletas femininas estão em uma situação ruim. Estão desesperadas e com medo. Elas foram forçadas a fugir e viver em lugares desconhecidos”, disse o treinador, que preferiu usar o pseudônimo de Suraya Afzali

Algumas imagens postadas na internet mostram o pescoço de Hakami ferido e ensanguentado. Apesar de circularem versões de que a jogadora teria cometido suicídio, o Centro de Jornalismo Investigativo Payk, com sede no Afeganistão, disse que suas fontes apontam que Hakami “foi decapitada pelo Talibã em Cabul”. 

Desde que o grupo terrorista assumiu o poder, todos os eventos e atividades femininas nas esferas esportivas, políticas e sociais foram canceladas. Na última semana, o governo do Catar em cooperação com a Fifa, fretou um voo para retirar atletas de Cabul. “Havia 369 passageiros no voo e mais de 55 pessoas foram evacuadas em coordenação com a Fifa”, disse um funcionário do Catar através de um comunicado.

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