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Aos 14 anos, garota comete suicídio após bullying: ‘mal do mundo’

Pai lamenta perda nas redes sociais e diz que filha encontrou na morte uma solução para 'escapar do mal desse mundo'.

Por Isabella Otto Atualizado em 31 out 2024, 11h22 - Publicado em 10 jan 2018, 18h54

É muito triste começar o ano com uma notícia (mais uma) de uma jovem que se matou por causa do bullying. Aos 14 anos, Ammy Everett, apelidada de Dolly, cometeu suicídio no dia 3 de janeiro. De acordo com o pai, Tick Everett, a filha não aguentou e decidiu “escapar do mal desse mundo”.

À direita, Dolly durante ensaio para campanha de chapéus. À esquerda, a modelo com a sua família. Arquivo Pessoal/Reprodução

Nas redes sociais, a família se pronunciou sobre a tragédia. A modelo australiana, que fazia comerciais desde criança, estava sendo vítima de cyberbullying há algum tempo. “Essa semana tem sido um exemplo de como usar as redes sociais e de como não usar”, lamentou o pai, que aproveitou para agradecer as condolências que anda recendo virtualmente.

Tick ainda mandou um recado direto para aqueles que aterrorizaram sua filha quando ela estava viva: “se, por acaso, as pessoas que pensaram que era só uma piada e que se sentiram superiores pelo bullying que cometeram virem essa postagem, por favor, venham à cerimonia e testemunhem a ruína que criaram“, desabafou.

Dolly entrou para a estatística. Segundo o Centro Nacional contra o Bullying da Austrália, a taxa de bullying diminuiu no último ano, mas ela continua sendo bastante preocupante. O bullying virtual, conhecido como cyberbullying, é um dos mais mortais, já ofensor tende a ter menos empatia pela vítima, justamente por causa da tela do celular ou do computador. Ele se sente, de alguma forma, protegido por ela. Consequentemente, as ofensas tendem a ser mais intensas e constantes. Pessoas com idade entre 15 e 24 anos são as mais afetadas.

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A família Everett quer transformar a perda em algo menos doloroso. Para isso, já está pensando em criar alguma organização de combate ao bullying com foco em adolescentes.  Em dezembro, a CAPRICHO publicou uma matéria alertando sobre os perigos mortais do bullying – tanto para a vítima quanto para quem pratica. Na época, Araceli Albino, doutora em Psicologia pela Universidade Del Salvador, afirmou que, apesar de os adolescentes não serem preparados para lidar com casos do tipo sozinhos, já que muitas vezes não identificam o bullying como um perigo real, é importante ter o apoio emocional dos amigos.

É importante reforçar, mais uma vez, que a sua ~zoeirinha~ pode matar. Diga não ao bullying! Precisa de ajuda? Ligue para o Centro de Valorização da Vida. O número é 141. Você não está sozinha.

Promoção CAPRICHO Volta às Aulas 2018
Divulgação/CAPRICHO

 

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