Comportamento

Anna Kendrick relutou em acreditar que o relacionamento era abusivo

Durante os 7 anos do relacionamento, Anna confessa que a percepção de que era abusivo veio como uma água fervendo, aos poucos

Por Mavi Faria Atualizado em 29 out 2024, 15h12 - Publicado em 26 out 2024, 15h15

Anna Kendrick usando look monocromático Kate Spade Aurora Rose/Patrick McMullan/Getty Images

erceber um relacionamento abusivo é muito difícil; sair dele, pode ser ainda mais. No caso da atriz Anna Kendrick, a relação durou 7 anos e, em entrevista ao podcast Call Her Daddy, ela revelou detalhes do processo de entender que era a vítima e de conseguir sair da situação.

Anna compartilhou que um dos motivos de ter sido difícil entender que o relacionamento era abusivo foi que a relação não tinha completamente todas as características de um, o que a deixava em dúvida. Outro fator que agravou a situação foi o momento: Anna esteve nessa relação durante a pandemia da Covid0-19 e relata que não conversava com ninguém sobre o assunto.

“[O relacionamento] não seguiu o padrão tradicional, o que é mais um motivo pelo qual eu estava achando muito difícil identificá-lo e chamá-lo de abusivo. Eu estava lendo todos os artigos [sobre o assunto] e pensando: ‘Isso não parece… tipo, algumas coisas parecem com o que eles estão descrevendo, mas não completamente”, contou.

Da desconfiança inicial até a percepção de que a relação era abusiva, a atriz relata que levou cerca de um ano. “O relacionamento durou sete anos. A compreensão veio no meio de uma noite e se seguiu por cerca de um ano. Então não foi o habitual, foi como uma água fervendo lentamente“.

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@callherdaddy

Anna opens up about the abusive relationship she was in. Episode is live ❤️

♬ original sound – Call Her Daddy – Call Her Daddy

Assim como muitas vítimas de relacionamento abusivo, a atriz também culpou a si mesma e buscou erros dela para conseguir resolver o problema, já que, na época, era difícil acreditar que a outra pessoa era a errada. “Eu tinha tanto amor e confiança por aquela pessoa que eu pensei que tinha que ser eu, se algum de nós está louco, sou eu. Então foi muito, muito difícil dizer, ‘não, acho que é ele, acho que são problemas dele’”.

A autocobrança e culpa também são agravadas pela manipulação psicológica que a pessoa abusiva faz a outra passar – após tantas agressões verbais, a pessoa passa a acreditar que é a culpada, mesmo sem entender. É por isso que, para tentar contornar a situação, ela conta que “virei a minha vida do avesso tentando entender o que havia de errado comigo”.

Perto do fim do relacionamento, a atriz compartilhou como começou a ficar brava com a postura calma do então namorado enquanto estavam na terapia, e o completo oposto fora.

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Em uma situação específica quando se sentiu mal por ter explodido em uma sessão, ela escreveu um pedido de desculpas do terapeuta, que respondeu celebrando o avanço dela. “Ele me ligou, o que ele não tinha feito antes, e disse: ‘Não, não, estou tão orgulhoso de você’”, conta. A partir desse dia, a relação durou pouco tempo e foi neste momento que ela percebeu que algo havia mudado.

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Confira o episódio do podcast com Anna na íntegra.