6 dicas para ajudar sua amiga com ansiedade
Qual é o melhor jeito de agir quando alguém que a gente ama está passando por isso?
Aviso: essa matéria não substitui consulta, tratamento ou diagnóstico médico.
O que a gente faz quando vê uma amiga numa situação difícil? O primeiro impulso é sempre tentar ajudá-la, claro: dando conselhos, propondo soluções, achando caminhos. Mas, no caso da pessoa que sofre com crises de ansiedade, a história pode ser um pouco diferente. A CAPRICHO preparou um passo a passo para te ajudar quando você se deparar com essa situação, olha só:
Entenda a importância do momento
O primeiro passo é reconhecer que sua amiga está passando por uma crise. Mais do que um conselho, ela precisa de alguém que acredite nela e traga algum conforto. Valorize que aquilo é sério para ela, mesmo que você não entenda muito bem o que está rolando. Reforce que está disponível para ajudar com o que estiver ao seu alcance.
Cuide da sua saúde mental
Na vontade de prestar assistência a sua amiga, porque gosta muito dela, você pode acabar se envolvendo de maneira não adequada com a história e até colocar em risco sua saúde mental. “Na clínica, vemos adolescentes que tentaram auxiliar alguém e acabaram prejudicando a própria vida”, conta a psicóloga e psicanalista Raquel Jandozza. Por isso, não se esqueça de que você não é especialista e de que deve recomendar que sua amiga procure ajuda profissional se ela ainda não o fez.
Pergunte o que pode fazer pra ajudar
É difícil entender o que a pessoa em crise de ansiedade está sentindo e, muitas vezes, nem ela mesma tem essa resposta. Tudo depende das experiências de vida, do que encarou naquele dia, do que está acontecendo na hora. Tem gente que vai querer companhia, tem gente que vai querer palavras de conforto ou até ficar sozinha. Por isso, pergunte sempre o que a pessoa gostaria que você fizesse antes de fazer qualquer coisa.
Ofereça sua companhia
Como já vimos, no momento da crise, sua amiga pode não conseguir expressar o que quer ou do que precisa. Às vezes, só de ficar ali por perto, você já vai ajudar. Enquanto isso, vale sugerir um exercício de respiração, oferecer um copo de água ou propor que se encaminhem para um lugar mais sossegado. O importante é estar presente, mesmo que sem falar nada.
Evite dar conselhos
É natural querer mostrar alternativas do que fazer ao ver uma pessoa com crise de ansiedade. Mas a verdade é que a última coisa de que a pessoa precisa é uma lista de tarefas que ela não vai dar conta. “Também não se use como modelo, dizendo como funciona na sua vida, o que você faria se estivesse na mesma situação, porque você cria um ideal fora do alcance de quem está na crise”, explica Imacolada Marino Gonçalves, psicóloga e diretora do IEPOS (Instituto de Ensino, Pesquisa e Orientação em Saúde).
Seja uma boa ouvinte
Ouça o que ela tem a dizer no tempo dela. Se a amiga quiser desabafar, procure ouvir de verdade, com atenção, sem fazer nenhum julgamento. E nada de ficar olhando no celular, combinado? É importante que ela entenda que você vai estar lá até a crise acabar e que acredita que ela é capaz de passar por isso. Que você confia nela.
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