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3ª onda da Covid no Brasil deve ser agravada por vacinação lenta e descaso

Especialistas apontam outros dois fatores que contribuem para o cenário mais letal da doença até hoje

Por Isabella Otto Atualizado em 30 out 2024, 17h34 - Publicado em 24 Maio 2021, 11h15

Embora algumas pessoas ainda defendam que a 1ª onda da COVID-19 no Brasil nunca terminou, apenas se intensificou, especialistas afirmam que a 3ª está vindo aí – e será a mais letal de todas.

Leitos de UTI instalados em um hospital de campanha construído em um ginásio. Todas as camas estão lotadas
Pacientes sendo tratados no hospital de campanha Pedro Dell’Antonia, em Sando André Gustavo Basso/NurPhoto/Getty Images

De acordo com levantamento do UOL, são quatro os fatores que contribuem para a catástrofe iminente em meados de junho: a chegada do Inverno no dia 21, o novo afrouxamento do isolamento social, a lentidão na campanha de vacinação e as novas cepas.

Em maio, por exemplo, a vacinação caiu 17% no Brasil em relação ao mês anterior. A falta de insumos foi apontada como a principal razão, sendo que o Fiocruz chegou a anunciar a paralização da CoronaVac/Butantan e da AstraZeneca. As pessoas que precisavam tomar a 2ª dose foram as mais afetadas.

 

A flexibilização da quarentena em algumas cidades, como em São Paulo, também já geram frutos nada bons. Na última semana, a ocupação de leitos em hospitais particulares da metrópole subiu de 79% para 85%. No último domingo, 23, bastava dar uma volta pelas ruas da Bela Vista, Vila Madalena e de Pinheiros para ver bares lotados, especialmente na hora do jogo entre Palmeiras e São Paulo. O cenário era de um mundo pré-pandêmico e se repete em todo o Brasil.

Torcedores do Flamengo reunidos em um bar de Copacabana para assistir à partida contra o São Paulo, em 25 de fevereiro
Torcedores do Flamengo reunidos em um bar de Copacabana para assistir à partida contra o São Paulo, em 25 de fevereiro Wagner Meier/Getty Images

O infectologista Marco Aurélio Sáfadi explica que “vírus respiratórios gostam de frio e têm sua capacidade de sobrevivência aumentada”. Além disso, a tendência é que lugares fechados, como bares e restaurantes, fiquem ainda mais fechados, para promover ambientes confortáveis e quentinhos para os clientes. Aí já viu, né? Sem circulação de ar e com aglomeração, não há quem segure o coronavírus, especialmente as novas variantes dele, apontadas como mais transmissíveis.

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