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15 profissões machistas ainda dominadas por homens

Preconceito ainda tem de monte, mas falta representatividade e lugar de fala para as mulheres nessas carreiras

Por Amanda Oliveira Atualizado em 7 dez 2020, 16h41 - Publicado em 30 ago 2018, 14h38

Você sabia que mais da metade dos diplomas de curso superior no Brasil são de mulheres? Ainda assim, elas recebem menos que os homens, ocupam menos cargos de chefia e muitas também precisam gastar mais tempo com atividades domésticas. De acordo com uma pesquisa do IBGE, o rendimento médio por mês das mulheres era de R$ 1.764 em 2016, enquanto os homens recebiam R$ 2.306.

A imagem mostra uma mulher branca, com cabelos castanhos lisos presos num rabo de cavalo. Ela está usando um capacete de proteção branco e está virada de costas para foto. Ela usa um terno cinza e segura um Ipad e uma cartolina enrolada nas mãos. Ao fundo é possível ver o céu azul e uma torre de energia eólica, para onde o olhar da mulher está direcionado.
iStock/Reprodução

Os números são alarmantes, mas o preconceito é ainda maior. Muitas profissões consideradas “masculinas” ainda não aceitam de bom grado a entrada das mulheres, principalmente quando elas estão em posições de liderança. Cargos de SEO e diretoria de empresas são dificilmente ocupados por presenças femininas e, quando há uma mulher dando as ordens, comentários desagradáveis entre os homens são bem comuns quando ela não está por perto.

São muitas as carreiras para entrar na lista, é claro, mas a CAPRICHO separou as essencialmente mais machistas:

1. Piloto de avião
Quantas vezes você viajou de avião e soube que era uma mulher no comando da aeronave? Elas praticamente não ocupam esse espaço. No Brasil, apenas 1,4% dos pilotos são mulheres! E o machismo do setor aéreo não fica só no comando dos aviões, mas na manutenção deles também.

2. Bombeira
Mulheres com uniforme de bombeira são frequentemente sexualizadas e basta jogar um “bombeira” no Google para comprovar isso. Por isso, não precisa de muito estudo pra saber que elas não ocupam tanto espaço na profissão, não é mesmo? O Corpo de Bombeiros do Paraná, por exemplo, foi criado em 1912 e só aceitou a primeira mulher na equipe em 2005, quando uma lei estadual permitiu a entrada de “bombeiros militares do sexo feminino”.

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3. Engenheira
Na área de exatas em geral, as mulheres são minoria e isso não é novidade pra ninguém. Embora cada vez mais alunas se matriculem nos cursos de engenharia civil, apenas 26,9% estão no mercado de trabalho, de acordo com o Dados do Censo da Educação Superior. Além disso, o preconceito também existe em todas as outras engenharias.

4. Jogadora de futebol
Esse esporte sempre foi e ainda é uma área dominada por homens. Seja com torcedoras, jogadoras ou árbitras, o preconceito com as mulheres que ousam entrar no mundo futebolístico é enorme. Um exemplo disso é a árbitra Ana Karina, que levou um puxão de cabelo depois de ter expulsado um jogador de campo e quase desistiu de exercer o trabalho.

O gif mostra a imagem de uma mulher chutando uma bolo de futebol para o gol num estádio de futebol.
GIPHY/Reprodução

5. Repórter esportiva
Não só repórteres, mas apresentadoras, comentaristas, narradoras… Não precisa estar necessariamente dentro do campo para sofrer preconceito no futebol. As mulheres jornalistas que escolhem a área esportiva também precisam diariamente lidar com a falta de presença feminina e a quantidade imensa de homens que acham que elas não sabem do que estão falando. Quantas ~Fernandas Gentil~ você conhece? Quantas vezes você ouviu alguma mulher narrando ou comentando um jogo de futebol?

6. Cientista da computação
Assim como as engenharias e as outras áreas exatas, a informática é visivelmente dominada pelos homens. Até 2013, as mulheres representavam apenas 15,53% dos alunos em cursos na área da computação, sendo que somente 13,6% delas chegaram a concluir o curso.

7. Chef de cozinha
Há quem diga que lugar de mulher é na cozinha, mas talvez seja só a que fica dentro de casa mesmo. Em 2017, Ivy Knight, chefe de cozinha em Toronto, publicou um texto relatando os assédios e preconceitos que sofreu de homens que dividiam a cozinha de um restaurante com ela. Além disso, na prática, basta visitar várias cozinhas de restaurantes para ver quem está no comando da ~alta~ gastronomia.

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8. Política
Segundo a Inter-Parliamentary Union, somente um pouco mais de 10% dos deputados federais brasileiros são mulheres. Em comparação com o resto do mundo, o Brasil ocupa o 154º lugar no ranking de 193 países no gráfico de igualdade entre os gêneros e a participação de mulheres no Parlamento. Com esses dados, não é surpresa pra ninguém que a primeira presidente feminina no Brasil só foi eleita em 2010.

9. Mecânica
Se mulher mal sabe dirigir, como vai consertar um carro? Esse é o tipo de coisa que os machistas de plantão falam quando encontram uma mecânica feminina. Foi por isso que Daniella Lima, formada em mecânica e eletricidade automotiva, decidiu criar sua própria oficina voltada ao público feminino para combater o machismo na área.

10. Militar
Atualmente, a Força Aérea Brasileira conta com 10,8 mil mulheres. O Exército Brasileiro tem 9,1 mil militares do sexo feminino. E a Marinha do Brasil, que foi a primeira a aceitar as mulheres, tem 8,1 mil delas. Os números de ingressantes cresceram nos últimos anos, mas muitas ainda precisam lidar com homens machistas que não aceitam ouvir ordens de uma mulher dentro das Forças Armadas.

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11. Skatista
Quando o assunto é skate, todo mundo sempre lembra dos grandes nomes masculinos profissionais ou apenas aqueles meninos adolescentes que estão sempre em alguma praça do bairro praticando as manobras. Quem lembra de algum nome feminino nessa conversa? Um dos principais no Brasil é Karen Jonz, tetra-campeã mundial na modalidade vertical. Junto com outras colegas de profissão, ela foi uma das responsáveis por criar a Associação Brasileira de Skate Feminino, em 2000, em uma tentativa de incluir cada vez mais as mulheres no esporte.

A imagem mostra uma menina branca, vestindo equipamento de proteção preto (capacete, joelheira e cutuveleira), fazendo uma manobra de skate numa pista de skate.
Instagram/Reprodução

12. Motorista
Você já deve ter ouvido aquela famosa frase “mulher no volante, perigo constante”, certo? É por causa dela que as mulheres no trânsito são alvos de piada e deboche, ainda tendo que ouvir “tinha que ser mulher” quando cometem algum deslize. São poucas que dirigem ônibus, caminhões de carga, táxi e outros meios de transporte. Nos Estados Unidos, apenas 14% dos 160 mil motoristas do Uber são mulheres.

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13. Gamers
Em 2016, segundo a Pesquisa Game Brasil, as mulheres representavam 52,6% dos jogadores brasileiros. Ou seja, elas são maioria. Mas, embora a participação feminina esteja crescendo, muitas mulheres ainda preferem jogar usando nicknames masculinos e com o microfone desligado para evitar situações de assédio ou disseminação de ódio online da parte dos homens.

14. Cineasta
Não estamos falando de elenco, mas, sim, de equipe técnica. Diretoras, roteiristas, produtoras, compositoras, designers e outros diversos cargos que ficam por trás das câmeras não possuem tantas mulheres como deveria. Basta lembrar o discurso de Frances McDormand no Oscar deste ano e perceber a quantidade de profissionais femininas indicadas nas categorias que não julgavam atuação, em comparação com as nomeações masculinas. Se houvesse realmente igualdade e representatividade dentro do cinema, a cláusula de inclusão não seria tão necessária.

15. Técnica de som
Técnicas de som, compositoras, instrumentistas, arranjadoras, regentes, maestrinas, produtoras. A verdade é que se as mulheres não estiverem em cima do palco e atrás de um microfone, a indústria musical é um desafio para elas. A engenheira de som da banda Pearl Jam, Karrie Keyes, chegou a fundar uma organização chamada Sound Girls, sendo uma comunidade apoiadora para mulheres em áudio e produção musical, fornecendo ferramentas, conhecimento e suporte para as carreiras delas.

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