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Gif animado com um lettering da Galera Capricho 2024, nas cores verde, azul e preto. O fundo muda de cor
https://capricho.abril.com.br/noticias-sobre/galera-capricho Galera CAPRICHO
Espaço de troca de conhecimento da Galera CAPRiCHO. Um grupo de jovens engajados de 13 a 18 anos que chamamos de leitores-colaboradores e que participam ativamente da vida da redação.
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Estas são as meninas e mulheres que estão desbravando o surfe no Brasil

Quando você pensa no mundo do surf e nos seus atletas, qual é a primeira imagem que vem à sua mente?

Por Emanuele Figueira Assereuy, da Galera CAPRICHO 2 Maio 2024, 21h46
Q

uando você pensa no mundo do surf e nos seus atletas, qual é a primeira imagem que vem à sua mente? É quase inevitável que a figura que se materializa seja a de um homem. Mas e se eu contar para você que esse esporte vem sendo bem dominado pelas mulheres? Sua visão mudaria? 

Oie pessoal, eu sou a Emanuele, nova integrante da Galera CH e também uma surfista iniciante. Nesta reportagem, vamos cair de cabeça nessa questão, e para trazer uma perspectiva mais completa, conversei com a Isabela Cheida, que é surfista, mãe, bióloga e empreendedora do estado do Espírito Santo. A trajetória dela promete inspirar e encorajar a mergulhar nesse mundo.

O nosso bate-papo aconteceu no ‘’Surf com elas’’, uma escola de surfe criada por ela, mais conhecida como “Bela”. Ela já tinha um histórico na área dos esportes, e quando entrou em contato com o surf, se apaixonou, mesmo com a pouca experiência.

Em muitas de suas surfe trips, ela conta que se via muito sozinha. ‘’Eu aprendi em uma época onde não existiam escolas de surf, nem pessoas que ensinavam, então sempre fui uma das únicas mulheres nessas viagens”, disse.

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Após se tornar mãe, Bela foi incentivada pelas amigas a empreender e trabalhar com sua grande paixão e foi aí que surgiu o “Surf com elas”, um espaço dedicado exclusivamente a ensinar, incentivar e apoiar mulheres de todas as idades e perfis a praticar o surf.

Nesse espaço, elas recebem instruções técnicas sobre o esporte, num ambiente acolhedor, onde podem se sentir à vontade para explorar todo o seu potencial, curtindo as ondas do mar.

Iniciativas como as da Bela têm aberto espaços e ajudado meninas e mulheres a trilhar seu caminho e se identificar com este universo.

Mulheres no Surf: Desvendando uma Onda de Mudanças
Arquivo Pessoal/Galera CAPRICHO/CAPRICHO
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Outro ponto positivo, segundo nossa entrevistada, é que a WSL (Liga Mundial do Surf) tem dado cada vez mais espaço e visibilidade para as baterias femininas.

A surfista também destacou outra atitude da Liga: “O fato do comitê ter colocado as mulheres nas mesmas etapas que os homens, e também ter equiparado o valor do prêmio entre os gêneros, foi um grande passo para a valorização das profissionais”. 

Ações como a da WSL têm desempenhado um papel crucial na quebra de estereótipos e na criação de oportunidades para as surfistas. Os canais esportivos como a SPORTV e a SPN, também estão redefinindo o panorama do esporte.

Anteriormente, a cobertura televisiva focava unicamente nas competições masculinas. Apenas a um ano atrás as baterias femininas ganharam evidência.

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“Agora os homens comentam como está sendo interessante ver os campeonatos desse gênero, porque era muito chato, mas você fica pensando assim, foram as mulheres que evoluíram no surf e ficou divertido assistir ou elas já surfavam bem e não eram vistas?”.

Esse e outros questionamentos continuam em abertos, mas a expectativa futura da surfista, tanto no surf, como em outros esportes, é a conquista contínua e reconhecimento profissional das mulheres nesse ambiente.

E em 2023, para gerar uma igualdade coletiva maior, Bela criou o “Haleiwa Surf”, seu novo espaço que visa proporcionar oportunidades de prática de esportes aquáticos para mulheres e homens, com o intuito de promover a integração de gêneros e estimular a equidade. 

Os homens comentam como está sendo interessante ver os campeonatos desse gênero, porque era muito chato, mas você fica pensando assim, foram as mulheres que evoluíram no surf

Isabela Cheida
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Por fim, nossa entrevistada deixou algumas dicas para aquelas meninas ou mulheres que tem o desejo de começar a praticar o surf, ou até mesmo para quem pratica: “a maior motivação é acreditar em si e não criar uma desvalorização pessoal, reconheça que você é bem melhor do que você pensa.” 

Se você, leitora ou leitor, tiver a chance de visitar o Espírito Santo, não perca a oportunidade de conhecer o espaço “Surf Com Elas”, localizado em Praia Grande. E para as surfistas iniciantes, assim como eu, fica uma dica:

não importa o quão desafiador possa parecer no início, cada passo dado em direção ao surf é uma jornada de autodescoberta e crescimento pessoal, e há muitas mulheres dispostas a compartilharem sua paixão e conhecimento para superar qualquer obstáculo que possa surgir.

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