Gif animado com um lettering da Galera Capricho 2024, nas cores verde, azul e preto. O fundo muda de cor
https://capricho.abril.com.br/noticias-sobre/galera-capricho Galera CAPRICHO
Espaço de troca de conhecimento da Galera CAPRiCHO. Um grupo de jovens engajados de 13 a 18 anos que chamamos de leitores-colaboradores e que participam ativamente da vida da redação.
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Estamos indo longe demais para atender as expectativas de beleza, não?

E quando nós, jovens, passamos a normalizar tanto procedimentos estéticos?

Por Lavínia Azanã Atualizado em 16 nov 2025, 14h12 - Publicado em 16 nov 2025, 13h00
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ão é novidade para absolutamente ninguém que vivemos rodeados de expectativas e opiniões sobre nosso corpo e aparência. Mas até onde nós, jovens em formação de amor próprio e confiança, devemos ir para atendê-las?

Em agosto, acompanhamos a denúncia que o youtuber Felca fez sobre a adultização de adolescente na internet. Trazendo como grande exemplo de seu vídeo a influencer digital Kamilinha, de apenas 17 anos. Mas a falta de idade da mesma é inversamente proporcional aos procedimentos estéticos já adquiridos. Ela possui grande parte do corpo tatuado, próteses de silicone e harmonização facial.

Por mais que muitos possam acreditar, neste momento, que isso é um caso isolado, com apenas uma pequena pesquisa podemos concluir o inverso, já que a maior parte das influenciadores teen do momento, como Antonella Braga, Liz Macedo, Soso Careca, já pararam em salas cirúrgicas com a intenção de renovar a autoestima e atender as expectativas de beleza exigidas nas redes sociais.

Atualmente, fazer procedimentos estéticos já foi tão normalizado e banalizado, que poucos esperam ter o corpo e mente totalmente amadurecidos para fazer alguma alteração.

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Durante a adolescência, sabemos que tudo é muito intenso. Ou você ama aquele garoto ou o detesta completamente, ou é o melhor dia da sua vida ou o pior, e isso segue para sua auto imagem, gerando esse desejo tão precoce de mudanças. 

Mas antes de entrar em qualquer clínica ou hospital, seu primeiro pensamento deve sempre ser o que está te motivando a esse ato extremo: opiniões alheias ou um desejo interno? Inicialmente, talvez nem você mesma saiba responder, o que já pode ser sua resposta, já que quando queremos algo de verdade, não sobram dúvidas sobre. 

De toda forma, acredito sinceramente que mudanças drásticas como estas podem esperar, quem sabe um dia você não consegue se olhar no espelho e amar tanto a si mesma, que não enxerga nenhuma necessidade de mudar brutalmente.

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A autoestima é algo construído, então não pense que “se eu fizesse tal procedimento, eu iria me amar tanto”, pois raramente isso ocorrerá se não criarmos uma base sólida de amor próprio antes. Assim como Olivia Rodrigo já disse em Pretty Isn’t Pretty: “você pode consertar o que odiava, mas ainda sim vai se sentir tão insegura”.

Logo, antes de enfrentar qualquer pós-cirúrgico, analise com calma sua situação, te dê a chance de se amar! Pequenos procedimentos estéticos devem aumentar sua autoestima, não criá-la.

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