Iraniana é impedida de protestar durante jogo de vôlei
Por que é tão importante ela estar se manifestando aqui nas Olimpíadas - pelos direitos das mulheres do Irã e de todo o mundo.
Desde 1979, com a Revolução Islâmica, as coisas ficaram muito mais restritas para as mulheres no país. O uso da hijab (lenço que cobre a cabeça), por exemplo, se tornou obrigatório para todas as iranianas e estrangeiras que estiverem lá. Se aqui no Brasil nós, mulheres, já sentimos o peso da desigualdade no dia a dia, imagine no Irã, onde a liberdade feminina é consideravelmente mais restringida?
Para que a mudança ocorra, é preciso que alguém comece, certo? Se as sufragistas, por exemplo, não tivessem iniciado um movimento no século XIX, talvez o voto feminino no Reino Unido não tivesse sido possível tão cedo. Da mesma forma, se Darya não estivesse ali no Maracanãzinho, representanto tantas outras iranianas e se fazendo ser vista, muita gente nem saberia do que acontece no seu país.
A luta não é só pela entrada de mulheres em estádio iranianos. É por liberdade, igualdade e mudança. “Lutar por isso significa lutar contra a discriminação de gênero. Esperançosamente, obtendo esse direito, mulheres iranianas conquistarão seus outros direitos também”, explica a descrição da página de ativistas no Facebook.
Darya pretende ir a todos os jogos de vôlei masculinos do Irã nas Olimpíadas para protestar. Que ninguém consiga ofuscar a causa dela e que ela possa continuar fazendo a diferença. Pela liberdade de expressão, pelos direitos humanos fundamentais, pelas iranianas e por todas as mulheres do mundo!