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Clássicos da literatura brasileira que viraram filmes

Para você complementar os seus estudos pré-vestibular!

Por Isabella Otto Atualizado em 17 ago 2016, 14h34 - Publicado em 3 set 2014, 15h30

Antes de tudo, vamos deixar bem claro que, por mais bem feitos que sejam, nenhum dos longas substitui a leitura dos clássicos originais. Assim como acontece com muitos resumos que podem ser lidos na internet. O livro é sempre a melhor solução, mas, na hora do aperto, recorrer a saídas de emergências pode ser uma forma de salvação.

A lista abaixo contém todas as leituras obrigatórias dos vestibulares da USP e da UNICAMP deste ano . Muitos títulos, que permanecerão os mesmos até 2015, ganharam versões em filme. Eles podem ser encontrados com facilidade e dar um up a mais nos estudos.

1. Memórias Póstumas de Brás Cubas

Livro: Machado de Assis

Filme: André Klotzel

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É com esse livro que Machado inaugura o realismo brasileiro. Brás Cubas é um defunto autor, e não um autor defunto, que aproveita a morte para fazer duras críticas à sociedade e às pessoas que com quem conviveu longo da vida. Prete atenção: seus discursos são sempre carregados de ironia!

2. Memórias de um Sargento de Milícias

Livro: Manuel Antônio de Almeida

Três coisas importantes sobre a obra, que vale a pena revisar. Ela faz parte do romantismo brasileiro (o homem passa a ser o centro das atenções, assim como seus sentimentos; a realidade é subjetiva), conta a vida dos personagens alegóricos do Rio de Janeiro no início do século XIX e traz pela primeira vez a figura do malandro, Leonardo, como protagonista de um romance.

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3. Til

Livro: José de Alencar

Essa obra também pertence ao romantismo brasileiro. Nela, Alencar mostra traços de sua fase regionalista, em que não dá apenas ênfase para os personagens, mas para os locais em que eles vivem: o campo, as árvores, o ambiente em si. Berta, mais conhecida como Til, é a personagem principal e a grande mocinha da história.

4. O Cortiço

Livro: Aluísio Azevedo

Filme: Luiz de Barros

O mais interessante na história é a forma como o autor usa o cortiço e suas portas e janelas para personificar os personagens típicos que nele vivem, uma característica marcante da estética realista- naturalista. Escrito em 1890, ele mostra a mudança urbana que estava acontecendo com o Rio de Janeiro na época.

5. Capitães da Areia

Livro: Jorge Amado

Filme: Cecilia Amado

Durante a leitura (ou durante o filme), preste atenção nos pensamentos, atitudes e nos sonhos dos personagens que, apesar de viverem à margem da sociedade, possuem desejos como quaisquer outras crianças. O narrador em terceira pessoa facilita essa análise da obra, pois mostra os dois lados da mesma moeda.

6. Sentimento do Mundo

Livro: Carlos Drummond de Andrade

O livro, que leva o nome de um dos poemas principais da obra, trabalha muito com questões sociais, já que o poeta tinha um cunho existecialista. Vale a pena tentar contextualizar os textos com o dia a dia, para ir além do entendimento básico.

7. Vidas Secas

Livro: Graciliano Ramos

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Filme: Nelson Pereira dos Santos

Os poucos diálogos mostram a realidade simples e sofrida dos retirantes sertanejos que, na obra, luta para conseguir sobreviver ao período da seca. Alguma semelhança coma realidade de alguns brasileiros? É considerado um dos principais livros da temática regionalista. Atente-se à história da cachorrinha Baleia.

Além dos clássicos desses escritores brasileiros, a lista de leituras obrigatórias inclui as obras Viagens na Minha Terra , do português Almeida Garrett, e A Cidade e As Serras , de Eça de Queirós. O primeiro romance se passa durante uma viagem de Lisboa à Santarém, onde o personagem principal da trama, Carlos, acaba se apaixonando por Joaninha, “a menina dos rouxinóis”. A temática do segundo livro, por outro lado, gira em torno das diferenças entre o campo (Tormes) e a cidade (Paris): os costumes das pessoas que habitam esses diferentes espaços, as construções, os ambientes e, enfim, a análise da civilização no geral.

Quem aí presta vestibular no final do ano?

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