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Blog da Galera: O ballet me ensinou que ninguém dança sozinho

A rotina de bailarina não é nem um pouco fácil, mas vale a pena superar cada desafio.

Por Da Redação Atualizado em 23 jan 2017, 18h55 - Publicado em 23 jan 2017, 18h32

Olááá! Aqui é a Sofia Degan e hoje eu vim falar de um assunto que eu amo: dança! Eu tenho uma história muito grande com a dança e eu queria contar para vocês, para que entendam um pouco o que um bailarino vive e sofre! (risos)

Eu entrei no ballet com apenas quatro anos. Eu fazia parte da primeira turma de uma escola que hoje já cresceu muito. Era (e sou) muito agitada e minha mãe sempre achou que o ballet me deixaria mais centrada nas coisas. E ela não estava enganada, porque realmente me deixou!

No ballet a gente aprende uma postura ideal, a gente vê que a dor de bolhas no pé vale a pena quando você é aplaudido por pessoas que amaram sua dança. Mas nem tudo foram rosas. Minha professora era muito rígida e eu, muito levada. Dá para entender o que acontecia, né? Era sempre ela correndo atrás de mim e eu fugindo dela; eu com preguiça de colocar o pé na cabeça e ela voltando a musica milhares de vezes só para doer mais um pouquinho.

ballet

Mas não, ela não era má. Ela fazia o que amava e hoje eu a entendo… Porém os famosos esteriótipos alcançaram essa escola e eu, que era gordinha, sofri para poder conseguir ser igual às outras, que sempre ganhavam o papel principal. Por mais que dissessem que não, eu sabia que no fundo era porque elas se pareciam mais com uma bailarina do que eu, uma gordinha de óculos vermelho e cabelo curtinho.

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Com dez anos eu saí de lá. Saí aos choros, mas saí… Eu fui procurar outros esportes, outras áreas, mas não deu outra: com treze anos eu encontrei a melhor academia de dança do mundo e foi lá que eu vi que eu realmente amo fazer isso.

Com meu trauma do ballet, eu resolvi tentar o jazz, porque eu era inquieta (sou rsrsrs) e o jazz era mais rápido, então eu entrei. Mas foi aí que eu percebi que talvez tudo que eu aprendi na outra escola estivesse errado. Nessa nova o meu professor incentivava os relacionamentos com as pessoas, incentivava uma roda de conversa, uma brincadeira na hora da aula, piadas internas e até risadas histéricas…

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no melhor lugar do mundo… no palco ✨

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Eu percebi que, sim, para dançar você precisa de disciplina, de postura, ser concentrada e andar no eixos. Mas acima de tudo, para dançar você precisa de pessoas… Ora, ninguém dança sozinho. Nessa escola eu tive as melhores experiências da minha vida, até que eu tive a oportunidade de conhecer outra modalidade: o street dance.

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Juro, eu queria algo que eu pudesse me movimentar, mas o que eu encontrei foi muito mais rápido do que eu esperava. O street é uma dança totalmente diferente de tudo que eu já tinha feito ou praticado. Ele tem as características próprias dele. É autêntico e você não precisa descrevê-lo, já que ele faz isso por si só. E foi por isso que eu amei dançar street. Eu só precisava dançar e o resto as pessoas viam.

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não vou parar de postar sobre o espetáculo não! Melhor forma de acabar meu ano 💖 #TarzanND

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Bem, fechando as contas, eu tenho nove anos de estrada na dança (e eu até me sinto velha falando isso) e eu não poderia ser mais feliz por fazer isso. Não, ser bailarina não é fácil. Ser bailarina é sacrificar rolês com os amigos só porque tem ensaio; é ter que andar pela rua deserta bem tarde da noite só porque sua aula acabou quase de madrugada; é acordar com dor nas pernas e todo mundo achar que é mero capricho; é ter bolhas e calos no pé, que te atrapalham a andar; é todo dia ter que lavar a roupa porque caiu no chão cheio de solas de sapatilhas; é ter que comprar meia quase todo mês porque elas sempre rasgam em qualquer buraquinho!

Mas, acima de tudo, ser bailarina é uma honra, é gratificante, é se sentir orgulhosa por participar de algo, é se sentir incluso em algo… Porque, afinal de contas, não é o ritmo nem os passos que fazem a dança. Mas a paixão de cada um que dança.

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Beijos e até a próxima!
@sofia_degan

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