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5 motivos para admirar a jogadora Megan Rapinoe dentro e fora dos gramados

Artilheira dessa Copa do Mundo Feminina também marcou vários gols na luta contra a desigualdade e o preconceito.

Por Amanda Oliveira Atualizado em 14 jul 2019, 10h01 - Publicado em 14 jul 2019, 10h01

Se você acompanhou um pouco dessa Copa do Mundo de Futebol Feminino, já deve ter visto algumas notícias sobre Megan Rapinoe, jogadora e capitã da Seleção dos Estados Unidos. O que nem todo mundo sabe, por outro lado, é que apesar de ter levado o troféu de primeiro lugar e artilheira para casa, a atleta também tem grandes conquistas para se orgulhar fora de campo – e a CAPRICHO separou algumas delas!

Megan Rapinoe, artilheira da Copa do Mundo 2019. Bruce Bennett/Getty Images

1. Megan Rapinoe é ativista da causa LGBTQ+
Megan é assumidamente homossexual, casada com a atleta Sue Bird, estrela do time de basquete dos Estados Unidos, desde 2016. Ao contrário de muitos jogadores, ela acredita que a importância da representatividade e da política precisa, sim, se manifestar no esporte – e essa é uma bandeira que ela sempre costuma levantar.

Em 2013, Megan recebeu um prêmio do Centro de Gays e Lésbicas de Los Angeles por assumir sua orientação sexual publicamente, sendo uma atleta de alto desempenho. Em 2015, teve seu nome incluído no Hall da Fama Nacional de Gays e Lésbicas no Esporte.

2. Luta por mais igualdade de gênero no futebol dos Estados Unidos
Megan é embaixadora da Athlete Ally, uma entidade que procura lutar por igualdade de acesso aos esportes, independentemente de gênero ou orientação sexual. Além disso, a atleta também critica a falta de valorização e patrocínio do futebol feminino e a desigualdade salarial entre homens e mulheres esportistas nos Estados Unidos.

“Eu realmente não entendo por que existe uma resistência em investir nas mulheres”Já está muito claro que as mulheres no esporte não foram tratadas com o mesmo cuidado ou com os mesmos recursos financeiros que os esportes masculinos têm. Ninguém consegue ter um negócio lucrativo sem investir nele. O futebol feminino já provou que vale a pena”, respondeu quando foi questionada sobre o que seria da modalidade depois da Copa.

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3. Foi uma das responsáveis por fundar uma marca de roupas sem gênero
Junto com as colegas de time Tobin Heath, Christen Press e Meghan Klingenberg, a atleta fundou a marca Re-inc para criar e vender roupas sem gênero. Ela foi criada para “repensar o status quo, olhando para a equidade, criatividade, progresso e arte”. Como diz a própria descrição no site da marca, são roupas que não possuem um jeito certo de usar, com identidade única. Confira uma prévia:

https://www.instagram.com/p/ByVfx4Zh661/

4. Criticou a organização que colocou três finais de campeonato no mesmo dia
Em uma coletiva de imprensa, Megan não poupou palavras na hora de criticar a péssima organização que resultou em três grandes finais de campeonatos importantes acontecendo no mesmo dia: final da Concacaf (EUA x México), final da Copa América (Brasil x Peru) e final da Copa do Mundo (Estados Unidos x Holanda).

“Péssima ideia colocar tudo ao mesmo tempo. Essa é a final da Copa do Mundo, cancelem todo o resto. Não dá para entender como isso aconteceu. Ouvi dizer que eles não pensaram sobre isso. Sério? Merecemos respeito”, disse.

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Megan Rapinoe protesta em silêncio durante o hino nacional nas partidas. Richard Heathcote/Equipa/Getty Images

5. Não tem medo de se posicionar politicamente em um evento assistido pelo mundo todo
Durante todas as partidas da Seleção dos Estados Unidos, Megan não colocou a mão no peito e se manteve em silêncio quando o hino nacional do país tocava. Questionada sobre a atitude, Megan mostrou que era um protesto contra o atual governo norte-americano. “Como uma homossexual americana, sei o que significa olhar para a bandeira e não sentir que ela protege as suas liberdades”, comentou, em entrevista à AP.

Foi assim que a jogadora também entrou em uma discussão com Donald Trump, presidente dos Estados Unidos. Ela disse que, se a equipe fosse a campeã, não visitaria a Casa Branca e aconselharia as colegas a fazer a mesma coisa. No Twitter, Trump respondeu dizendo que Megan deveria ganhar a Copa antes de falar isso… E ela ganhou. Aliás, saiu não apenas com o troféu de campeã, como também o de artilheira do torneio.

Que inspiração, dentro e fora de campo. Go, Megan!

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