STF forma maioria para condenar Bolsonaro por organização criminosa

CAPRICHO te conta o que rolou durante o julgamento. Ex-presidente foi condenado a 27 anos e 3 meses por tentativa de golpe.

Por Andréa Martinelli Atualizado em 11 set 2025, 19h29 - Publicado em 11 set 2025, 15h55
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o início da semana passada a CAPRICHO preparou um guia para você entender e acompanhar, de forma objetiva e clara, o que está rolando no julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no STF (Supremo Tribunal Federal), lembra? Agora, na tarde desta quinta-feira (11), a suprema corte do país o condenou a 27 anos e 3 meses de prisão.

Parece complexo de entender, né? Mas, calma, a gente te explica. Na denúncia analisada pelo STF, o ex-presidente é apontado como líder de uma organização criminosa que tentou impedir o atual presidente Lula de assumir a presidência.

E, sim, todo o noticiário político ficou com os olhos voltados para a corte nas últimas duas semanas, já que esta é a primeira vez na história do nosso país que um ex-presidente e militares são julgados na corte máxima por uma tentativa de golpe de estado.

A ministra Cármen Lúcia deu um voto definitivo na tarde de hoje, em que formou maioria da corte para condenar Bolsonaro por organização criminosa. O ministro Cristiano Zanin foi o último a votar. Os ministros Alexandre de Moraes (relator), Flávio Dino votaram pela condenação, com exceção do ministro Luiz Fux, que votou pela absolvição.

Fux abriu divergência e absolveu Bolsonaro e mais cinco aliados. No entanto, o ministro votou pela condenação de Mauro Cid e do general Braga Netto pelo crime de abolição do Estado Democrático de Direito.

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E, sim, pode parece estranho, mas Jair Bolsonaro não é o único réu neste caso – porque ele não trabalhou sozinho, segundo a denúncia. O julgamento envolveu outras figuras importantes do governo passado, que a Procuradoria-Geral da República (PGR) apontou como o “núcleo 1” de uma suposta trama golpista.

São eles: Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil, e candidato a vice-presidente em 2022; Augusto Heleno, general e ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI); Anderson Torres, ex-ministro da Justiça; Paulo Sérgio Nogueira, general e ex-ministro da Defesa; Almir Garnier, almirante e ex-comandante da Marinha; Mauro Cid, tenente-coronel e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

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O futuro político e pessoal de Jair Bolsonaro depende diretamente do resultado do julgamento (e isso pode influenciar diretamente as eleições gerais de 2026 – sim, o CH na Eleição está voltando).

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Por se tratar da mais alta corte, agora não há mais para onde recorrer fora dela. Vale lembrar que, independentemente do resultado deste julgamento, o ex-presidente Bolsonaro já foi declarado inelegível até 2030 pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em outros processos, por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação.

*Esta matéria está em atualização.

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