Quais são os sintomas e os antídotos ao metanol em bebidas adulteradas

Como sei que tomei uma bebida adulterada com metanol e o que devo fazer?, tem sido as principais perguntas entre a nossa galera nesta semana.

Por Andréa Martinelli Atualizado em 1 out 2025, 12h40 - Publicado em 1 out 2025, 12h39
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as últimas semanas, o assunto “bebida adulterada” voltou a aparecer com força nas redes sociais e rodas de conversa por aí após relatos de jovens que sofreram cegueira temporária e coma após consumir gin contaminado com metanol, uma substância altamente tóxica que não deveria, em hipótese alguma, estar em bebidas alcoólicas.

Com isso, o Ministério da Saúde começou a negociar com a Organização Mundial da Saúde (OMS) a criação de um estoque nacional de antídoto para casos de envenenamento. Mas você sabe quais são os sintomas da intoxicação por metanol e o que pode ser feito para tratar? A CAPRICHO foi apurar e te conta em detalhes quais são os sintomas e o que fazer:

Quais são os sintomas de intoxicação por metanol?

O metanol age no corpo de forma silenciosa, mas muito perigosa. Após ser ingerido, ele pode demorar algumas horas para mostrar sinais — e aí vem o susto.

Os principais sintomas incluem: visão turva ou embaçada (como se tivesse uma “neblina” nos olhos), dor de cabeça forte, náusea e vômito, tontura e confusão mental, dificuldade para respirar, cegueira temporária (ou permanente, em casos graves). Em situações extremas, pode levar ao coma e até à morte.

Se você ou se alguém próximo apresentar esses sinais após beber algo, é importante procurar socorro médico imediato.

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Mas o que é o tal do “metanol”?

O metanol é um tipo de álcool, assim como o etanol (o que a gente encontra nas bebidas alcoólicas comuns), mas completamente impróprio para consumo humano. Ele é utilizado principalmente na indústria como solvente, anticongelante, combustível e em produtos de limpeza.

O grande perigo do metanol é que ele é quase invisível aos sentidos humanos: ele não tem gosto forte nem cheiro marcante, o que faz com que pessoas possam consumi-lo sem perceber que estão diante de uma substância tóxica.

O metanol é perigoso porque…

Quando a substância entra no corpo, ele é processado pelo fígado e transformado em outros compostos extremamente tóxicos: formaldeído e ácido fórmico. Esses elementos afetam diretamente o nervo óptico e o sistema nervoso central, podendo causar, anote aí (mesmo que mentalmente):

  • Cegueira temporária ou permanente

  • Vômitos, dores de cabeça intensas e tontura

  • Parada respiratória

  • Danos irreversíveis ao cérebro

  • Coma

  • Morte, em casos mais severos

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A intoxicação pode acontecer com doses muito pequenas, e os primeiros sintomas costumam surgir entre 6 e 24 horas após o consumo.

Qual é o tratamento, CAPRICHO?

O tratamento mais eficaz contra o metanol é feito com antídotos como o próprio etanol (sim, o álcool comum) e o fomepizol, que impedem que o metanol se transforme em substâncias ainda mais tóxicas dentro do nosso corpo. A questão é que: nem todos os hospitais no Brasil têm fomepizol disponível.

O Ministério da Saúde quer resolver isso criando um estoque emergencial, que poderia ser distribuído com rapidez em casos de intoxicação.

Nos casos recentes em São Paulo e Pernambuco, jovens foram hospitalizados em estado grave após beber gin falsificado. E a gente sabe que, especialmente entre adolescentes e jovens adultos, a bebida pode estar presente em festas, rolês e confraternizações — por isso, é fundamental entender os riscos, saber identificar os sinais.

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Além disso, é sempre bom lembrar: o rótulo pode enganar. Mesmo que a embalagem pareça “certinha”, bebidas adulteradas podem circular em festas ou bares informais. A gente já te explicou detalhes sobre como não cair nessa cilada aqui.

E vamos fazer um combinado: se você ou alguém próximo passou mal após beber, vá direto para o hospital e diga que pode ser metanol, ok? Além disso, compartilhe esse texto da CAPRICHO com amigos e familiares. Informação é também um antídoto importante para a desinformação em casos como esses.

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