O movimento de mulheres que parou a Islândia por 24h
Paralisação de mulheres é contra a discriminação de gênero no mercado de trabalho e contou com participação da premiê do país
Uma greve geral de mulheres paralisou, nesta terça-feira (24), boa parte dos serviços na Islândia, um pequeno país europeu localizado ao norte do oceano Atlântico. A região, que possui pouco mais de 340 mil habitantes, é considerada uma das que tem o sistema político mais igualitário em todo mundo.
Apesar dos avanços, centenas de mulheres se uniram para protestar contra a discriminação de gênero no trabalho nesta terça-feira (24). A primeira ministra do país, Katrin Jakobsdótti, se juntou ao movimento e disse que esperava que suas colegas de gabinete também se unissem às reivindicações.
“Ainda não atingimos os nossos objetivos de plena igualdade de género e ainda estamos a combater a disparidade salarial baseada no género, o que é inaceitável em 2023”, disse a premiê, nesta terça-feira (24).
Segundo informações do g1, essa é a maior paralisação do gênero no país desde 24 de outubro de 1975, quando, na ocasião, cerca de 90% das mulheres do país se recusaram a trabalhar e a fazer qualquer atividade doméstica durante um dia inteiro.
Em 2018, as mulheres do país realizaram uma paralisação temporária, também em prol de equidade de condições e remuneração no mercado de trabalho em relação aos homens.
No relatório Global Gender Gap Report, produzido pela última vez em 2022 pelo Fórum Econômico Mundial, a Islândia alcançou a primeira colocação do ranking dos países que possuem melhor desempenho contra a disparidade de gênero. A título de comparação, o Brasil ocupa a 94° posição. Os EUA, por sua vez, ficaram em 27°.