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Marta agora também terá ‘gravação’ permanente no Museu do Futebol

Nossa atacante e melhor do mundo será projetada em uma tela de tamanho natural ao final da visita no espaço cultural. ⚽️

Por Andréa Martinelli Atualizado em 29 out 2024, 15h41 - Publicado em 18 jun 2024, 15h00
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arta ocupará mais um lugar especial no Museu do Futebol, em São Paulo. Logo na entrada, quando você chega ao museu, é recepcionada pelo Rei Pelé. Agora, na saída, verá a Rainha do Futebol se despedir e agradecer ao público pela visita.

 

Ela será projetada em uma tela de tamanho natural (imagem abaixo). No vídeo, gravado em português, espanhol e inglês a atacante convida todos a retornarem ao local e, por fim, agradece na Língua Brasileira de Sinais (Libras). Tudo, né?

 

 

A gravação com Marta aconteceu em Orlando, nos Estados Unidos, pouco antes do anúncio do Brasil como sede da Copa do Mundo Feminina de Futebol em 2027 – evento que deixou todo mundo ansioso por aqui, já que a modalidade é pouco valorizada e recebe muito menos investimento do que a masculina, por exemplo.

Lá nos EUA, a equipe de filmagem contratada pelo museu também gravou a mensagem de Marta comemorando a escolha, um vídeo emocionante que acabou viralizando nas redes sociais.

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A projeção é uma das atrações da nova exposição principal do Museu, com estreia prevista para julho. Com um minuto de duração, a participação de Marta na exposição conta também com imagens dela em campo e vibrando com jogadoras.

O vídeo de Marta é como um “espelho” da projeção de Pelé, presente no Museu desde a inauguração, em 2008. Posicionada logo na entrada, a tela de tamanho natural exibe o Rei do Futebol dando boas-vindas aos visitantes também nas três línguas.

 

“Marta e Pelé são protagonistas na história do futebol brasileiro. Além do virtuosismo em campo, foram responsáveis pelo reconhecimento das seleções brasileiras, masculina e feminina, como as mais competitivas do mundo”, diz comunicado à imprensa do Museu.

Pelé ganhou três Copas 1958, 1962 e 1970. Já a Seleção Feminina ainda não levantou a taça. No entanto, Marta foi uma das responsáveis por promover a valorização das mulheres na modalidade.

Com o time brasileiro, levou os Jogos Pan-americanos de 2003 e 2007 e a Copa América de 2003, 2010 e 2018. Atualmente, joga no Orlando Pride, time dos Estados Unidos.

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O nome dela é Marta Vieira da Silva

Pelé recepciona o público na entrada no Museu do Futebol.
Museu do Futebol/Divulgação

A marcante carreira de Marta, uma das responsáveis por elevar o nível do futebol feminino no Brasil, é significativa não só emocionalmente, mas em números. Ela é a maior artilheira como a camisa da Seleção Brasileira, batendo ninguém menos do que Pelé.

São 98 gols dela ante 95 gols de Edson Arantes do Nascimento. Marta é também a única atleta do futebol a vencer o prêmio de Melhor Jogadora do Ano por seis anos consecutivos (2006, 2007, 2008, 2009, 2010). Sim, Lionel Messi também já ficou para trás.

Embaixadora da Organização das Nações Unidas (ONU) desde 2010, Marta deu o primeiro drible, como boa parte das atletas brasileiras, na fome e nas condições precárias para se desenvolver como atleta e ser humano.

Mas foi aos 18 anos, Marta Vieira da Silva saiu do anonimato para liderar a equipe brasileira que garantiu a medalha de prata em Atenas, a primeira da História do nosso futebol feminino. Quatro anos mais tarde, em Pequim, na China, a alagoana de Dois Riachos já era a maior jogadora do planeta.

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Duas décadas e seis Copas do Mundo depois, temos a maior de todas. E muitas outras ‘Martas’ virão. Em 2019, em declaração final após eliminação naquele momento, ela foi categórica ao pressionar marcas e a própria CBF (Confederação Brasileira de Futebol). O Brasil foi eliminado pela seleção da França; o time venceu novamente a seleção agora em 2023.

“Não vai ter uma Formiga para sempre, uma Marta, uma Cristiane. O futebol feminino depende de vocês para sobreviver. Pensem nisso, valorizem mais. Chorem no começo para sorrir no fim”, disse emocionada.

A declaração foi lembrada por Ary Borges, que brilhou na copa desse ano em entrevista para os canais de transmissão da Fifa, em coletiva de imprensa.

“Acho que todo mundo poderia entender de dois modos [a história do futebol feminino]. O primeiro era “nossa, estão cobrando meninas que ainda nem estão lá, jogando responsabilidade”. E tinha outra forma que é “opa, eu quero ser a menina que vai chorar no começo para sorrir no final”. E foi a forma que eu entendi. Eu precisava me preparar para estar em uma Copa do Mundo. Eu queria viver esse momento, ainda mais com a Marta”.

Não vai ter uma Formiga para sempre, uma Marta, uma Cristiane. O futebol feminino depende de vocês para sobreviver. Pensem nisso, valorizem mais. Chorem no começo para sorrir no fim

Marta Silva, melhor jogadora de futebol do mundo
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E foi justamente Borges, de 23 anos, o destaque do mundial de 2023. O Brasil estreou com direito a goleada contra o Panamá. Ary colocou a bola na rede aos 19 minutos de jogo. Depois, outro aos 39 minutos e, logo depois, o terceiro que saiu de cabeça.

“Nem nos meus melhores sonhos eu poderia imaginar uma estreia desse jeito”, disse, emocionada, em um post nos stories do Instagram logo após a partida. Ela também aproveitou para fazer um agradecimento pra lá de especial.

“Hoje eu queria externar uma mensagem que eu mandei para as pessoas mais importantes que eu tenho na minha vida [seus pais] e que foram as que fizeram de tudo para que eu pudesse realizar esse sonho hoje”, compartilhou ao colar um print da mensagem que recebeu dos seus pais após o jogo. “Acreditem nos sonhos de vocês, que é possível realizá-los e é muito melhor do que vocês imaginam”, finalizou.

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