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Jovens criam dispositivo acessível e app para combater violência de gênero

O ClickHelp funciona via bluetooth e manda alerta para um contato de emergência, quando uma mulher encontra-se em situação de perigo

Por Da Redação Atualizado em 29 out 2024, 18h05 - Publicado em 29 nov 2023, 16h57

Casos recentes de violências enfrentados por mulheres famosas, como Ana Hickmann e Patrícia Ramos, chamaram atenção para um problema estrutural e grave da nossa sociedade. De acordo com uma pesquisa do Instituto Datafolha, realizada a pedido do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, todas as formas de violência contra a mulher aumentaram em 2022 – e este ano não deve ser muito diferente.

Foi nesse cenário preocupante que os jovens Thayná Quinteiro e Alessandro Alves desenvolveram, durante as aulas de robótica do 3º ano do ensino médio no SESI Hortolândia, um dispositivo de segurança acessível e prático para combater a violência de gênero: o ClickHelp.

Como funciona o dispositivo?

É bem simples, viu? Funciona assim: a mulher cadastra previamente um contato de emergência no aplicativo e conecta, via bluetooth, o celular com o dispositivo. Em uma situação de perigo, basta acionar o botão principal do aparelho três vezes, que ele efetua uma ligação para a pessoa cadastrada e envia uma mensagem com a localização.

O ClickHelp é feito com case, placa microcontroladora ESP32, botão, jumpers (cabos), bateria e interruptor de ligar e desligar. O custo é de R$ 60.

Montagem com duas fotos: a primeira de Thainá e Alessandro junto com dois professores e outra imagem do dispositivo que parece um relógio com um botão no centro.
Thayná e Alessandro ao lado dos professores que os orientaram no projeto Arquivo Pessoal/Reprodução

Planos para o futuro

A ideia de Thayná e Alessandro agora é aprimorar o protótipo e torná-lo mais eficiente. Por enquanto, ele funciona por um bluetooth conectado ao celular, então quando a bateria do celular acaba, por exemplo, o dispositivo não funciona. Por isso, os jovens querem dar um jeito de fazer o dispositivo ser independente, além de programar outras quantidades de cliques para acionar a polícia.

No início do projeto, o dispositivo era um objeto de bolso, depois virou um relógio e os planos agora é que ele seja mais discreto, como um pingente. Com todas essas melhorias, os estudantes sonham em fazer parcerias com Organizações Não Governamentais (ONGs) e projetos da cidade de combate à violência.

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Muito massa ver a nossa galera criando soluções para ajudar o combate de problemas tão difíceis, né? Bora se inspirar!


 

 

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