
Jovem sofre cegueira temporária após beber gin adulterado em SP
Consumo de bebida adulterada com metanol causou grave intoxicação, preocupação na nossa galera e também nos pais e responsáveis.
m São Paulo, um estudante de 22 anos, identificado como Diogo Marques, relatou que perdeu a visão por horas após consumir uma bebida alcoólica. Ele não fazia ideia, mas o gin que ele tomou estava misturado com metanol, uma substância química extremamente tóxica. O caso foi relatado em uma reportagem super extensa no último domingo (29), no Fantástico.
Um amigo de Diogo, Rafael, permanece em coma há mais de 20 dias, internado em estado crítico. O caso ganhou repercussão nacional, alertando desde autoridades nacionais, a nossa galera e os pais e responsáveis. Esse acontecimento acende um alerta urgente: bebidas de procedência duvidosa podem causar danos irreversíveis e é preciso atenção.
O que aconteceu, CAPRICHO?
Segundo entrevista concedida ao Fantástico, Diogo afirmou que, horas após ingerir o gin adulterado acompanhado de energético, despertou completamente às cegas.
“Acordei, abri os olhos e estava tudo preto, com uma dor de cabeça muito forte”, conta ele. Dias depois, foi comprovada a presença de metanol no sangue, o que reforça a suspeita de intoxicação.
Rafael, por sua vez, se encontra em coma desde o dia 1º de setembro, e exames indicaram que os danos neurológicos — especialmente na visão e no cérebro — podem ser irreversíveis. Familiares relataram que ele já não apresenta fluxo sanguíneo cerebral.
O que é o Metanol, substância que causou danos?
Vamos à aula de química. O metanol é um tipo de álcool industrial, usado em solventes e combustíveis, e é altamente tóxico ao organismo humano.
Quando metabolizado, ele gera formaldeído e ácido fórmico — que atacam as nossas células da retina, nervos ópticos, fígado e rins. A cegueira, nesse tipo de intoxicação, pode surgir entre 12 e 24 horas após a ingestão. Exatamente o caso de Diogo.
Esses efeitos tóxicos acontecem mesmo com pequenas quantidades, tornando o risco ainda maior quando bebidas são adulteradas ou produzidas clandestinamente.
É preciso responsabilidade e atenção
Após a reportagem, segundo o G1, a polícia já identificou o local, apreendeu garrafas do gin suspeito e encaminharam para perícia. O Centro de Vigilância Sanitária de São Paulo confirmou que, nos últimos meses, houve pelo menos seis casos investigados de intoxicação por metanol — com dois óbitos confirmados e vários internados.
Segundo o boletim de ocorrência, obtido pelo G1, as garrafas de gin, latas de energético e gelo de coco foram compradas no dia 30 de agosto em uma adega localizada na Avenida Presidente João Goulart, no Jardim Malia II, região da Cidade Dutra, na Zona Sul da capital. O grupo de amigos costumava frequentar o local.
O governo federal emitiu um comunicado pedindo que bares e distribuidores reforcem a fiscalização sobre a origem das bebidas. O alerta é claro: se o rótulo parecer adulterado, os lacres estiverem danificados ou o preço muito baixo, desconfie.
Assim como o Procon. A entidade informou que “já fiscaliza estabelecimentos que vendem bebidas como bares, restaurantes e adegas, bem como casas noturnas e supermercados em geral. E vai intensificar suas ações de forma integrada com equipes do DPPC – Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania, da Polícia Civil de SP.”
Quer receber as principais notícias da CAPRICHO direto no celular? Faça parte do nosso canal no Whatsapp, clique aqui.