Jovem é morto após marcar encontro em aplicativo de relacionamento gay
Família pede que polícia apure possível crime de ódio motivado por homofobia
Leonardo Rodrigues Nunes, de 24 anos, foi encontrado morto na Zona Sul de São Paulo, após ir a um encontro com um homem que conheceu por meio do aplicativo de relacionamento Hornet. Antes de sair de casa, o jovem enviou sua localização com amigos para acompanhar o trajeto e pediu que, caso não retornasse até as 2h, eles acionassem a polícia.
E foi isso que aconteceu. Os amigos não tiveram notícias de Leonardo até o horário combinado e um deles registrou um boletim de ocorrência sobre o desaparecimento. Tempos depois, eles ficaram sabendo que o jovem tinha sido baleado e levado até o pronto-socorro do Hospital Ipiranga, onde não resistiu e faleceu.
O perfil do rapaz com quem Leonardo teria ido se encontrar já tinha sido excluído quando os amigos dele ficaram sabendo do crime e foram buscar informações no app. A Polícia Civil, que está investigando o caso, pediu exames ao Instituto de Criminalística e ao Instituto Médico Legal (IML) para definir a causa da morte e o rumo do inquérito.
A família deseja que a polícia apure possível crime de ódio. Segundo o pai de Leonardo, Aurélio Nunes, seu filho morreu porque era gay. “Ele morreu porque ele era gay. A gente está vivendo em um mundo de ódio. Mas é um ódio que é direcionado. Você não vê ódio contra héteros, você não vê ódio contra brancos ou contra ricos. Você vê ódio contra preto, pobre e contra gays”, afirmou ao G1.