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Greta Thunberg é detida durante protesto climático na Alemanha

Contra a expansão de uma mina de carvão mineral, a sueca de 20 anos e outros ativistas foram retirados carregados do local

Por Isabella Otto Atualizado em 17 jan 2023, 23h39 - Publicado em 17 jan 2023, 16h10

A ativista Greta Thunberg foi detida durante um protesto realizado próximo à cidade de Luetzerath, no interior da Alemanha, na tarde desta terça-feira (17). A sueca de 20 anos estava na companhia de outros ativistas e o grupo protestava contra a extinção de uma vila operária para a expansão de uma mina de carvão mineral a céu aberto.

O foco da manifestação era ambiental, uma vez que o crescimento da mina significaria uma maior emissão de gases tóxicos na atmosfera. Além disso, os ativistas lutavam para que os moradores do local não tivessem suas casas destruídas.

Em contrapartida, autoridades locais disseram que a expansão da mina é inevitável, ainda mais por causa da guerra entre Ucrânia e Rússia, que deixou muitos países europeus, como a Alemanha, em crise de abastecimento energético.

Greta foi retirada do local carregada por policiais e foi encaminhada para a delegacia, onde deve ser ouvida. As autoridades, contudo, não informaram oficialmente o que deve acontecer com a sueca e com os outros ativistas. Nas redes sociais, um movimento a favor da ativista jovem ganhou repercussão.

Thunberg é um dos principais nomes do ativismo ambiental. A jovem ficou conhecida mundialmente em 2018, quando, aos 15 anos, liderou um movimento que ficou conhecido como Fridays for Future. Naquele ano, às sextas-feiras, ela e outros estudantes faltaram às aulas para protestarem em escolas e empresas, pressionando pelo combate à crise climática, um movimento chamado de “Greve pelo Clima”.

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No mesmo ano, Greta marcou presença na Conferência do Clima da ONU, realizada na Polônia, e na ocasião fez um discurso pra lá de cético, dizendo que a conferência estava desmoronando. “A ciência é clara, mas a ciência é ignorada(…) Eu esperava que fosse mais ação e menos conversa“, disse a ativista.

Na edição seguinte do evento organizado, a sueca também demonstrou seu descontentamento com relação ao que acontecia no encontro e posicionou-se nas redes sociais. “A COP26 acabou. Aqui vai um breve resumo: blá-blá-blá. Mas o trabalho de verdade continua fora dos salões, e nós nunca vamos desistir.”

Esta edição do evento, a jovem não foi ao local por acreditar que “o espaço para a sociedade civil este ano é extremamente limitado”. Ela também chamou atenção ao fato de que as conferências são realizadas principalmente com o objetivo de chamar atenção para os governos e líderes mundiais e que não tem foco em soluções que, de fato, tenham resultado.

Sabe aquela pessoa que quer a glória por fazer simplesmente o mínimo? Então. Mas alô, galera em espaços de decisão! Estamos insistindo há tempos que existem grandes chances de não existir um futuro nos próximos anos. Pesquisas indicam que, nos últimos 20 anos, mais de 75% da floresta perdeu capacidade de recuperação, ou seja, se nada for feito a Amazônia pode virar um deserto em um futuro muito próximo.

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