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Donald Trump vence Kamala Harris e é novo presidente dos EUA

Presidente marcado pela negação da pandemia e ataque ao capitólio foi reeleito na maior economia do mundo.

Por Andréa Martinelli 6 nov 2024, 09h07
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inda na madrugada desta quarta-feira (6), as projeções confirmaram o resultado da eleição norte-americana: Donald Trump vence Kamala Harris e volta oficialmente ao principal cargo da maior economia do planeta, os Estados Unidos.

E a apuração foi intensa, viu? Os 50 estados norte-americanos computaram votos desde ontem, mas foi só nesta manhã que a vitória do candidato republicano foi confirmada.

Trump ou Kamala, para vencer, precisavam ter um número mínimo de 270 delegados. Após vencer em um estado-chave nestas eleições, a Pensilvânia, Trump levou a melhor. Isso porque esse é um dos estados considerado decisivo nesta eleição, já que é um dos chamados “estado pêndulo” – ou seja, não tem historicamente um partido vencedor neles.

Antes, Trump já tinha confirmado vitória na Carolina do Norte e na Geórgia, outros estados com as mesmas características da Pensilvânia e muito disputados pelos candidatos.

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Não custa te lembrar: o processo eleitoral lá nos Estados Unidos é bem diferente do nosso.

Por lá, o candidato que ganha a maioria nos estados leva todos os respectivos delegados para ele. Esta tática é chamada de “winner takes it all”, ou seja, “o vencedor leva tudo”, independente do voto popular. Parece estranho, né? Mas os votos nos estados depositados nas urnas pelas pessoas não votam diretamente nos candidatos, mas nos delegados que representam os partidos nos estados. É como se votassem em representantes dos candidatos nos estados.

Trump também deve vencer no voto popular — diferente de 2016. O republicano teve mais votos entre os latinos do que em 2020. Ele também teve sucesso em converter eleitores independentes e foi melhor que o esperado entre idosos e jovens do sexo masculino.

Em Mar-a-Lago, no evento de comemoração do resultado, que contou com celebridades como Elon Musk e Dana White, Trump fez um discurso ressaltando que essa será a era de ouro dos United States. Veja o discurso dele aqui.

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Já Kamala cancelou os discursos agendados ainda no começo da noite. A “Election Night Party” democrata em Washington ficou com clima de velório.

Além de eleger o POTUS, o Partido Republicano garantiu a maioria no Senado americano. Enquanto os votos ainda estão chegando, tudo indica que a maioria das vagas na Câmara também será dos republicanos.

Ter as duas casas do Congresso a seu favor é o cenário perfeito para qualquer presidente eleito. Tendo a maioria, o partido passa a conseguir ditar as pautas e decisões do país.

Assim, se precisar de 50% + 1 dos votos garantidos nas fases de tramitação de um projeto de lei, fica bem mais fácil de aprovar reformas e outras mudanças estruturais em áreas estratégicas. Lembra quando falamos sobre os desafios do governo Lula por aqui? Tem tudo a ver com a relação dele com o Congresso.

Indicações para juízes — sejam eles da Suprema Corte ou não —, presidentes de agências e embaixadores precisam ser aprovadas justamente pelos senadores. Com eles a seu lado, Trump consegue governar a seu modo.

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Mas anote aí: a posse de Trump está marcada para o dia 20 de janeiro, quando o republicano deve voltar a morar na Casa Branca por mais quatro anos.

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