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Como foi ser mesária pela 2ª vez nas eleições municipais de 2024

Apesar de algumas diferenças em relação a 2022, comportamentos preocupantes dos eleitores voltaram a acontecer

Por Sofia Duarte Atualizado em 29 out 2024, 15h16 - Publicado em 7 out 2024, 11h55
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epois de ter sido mesária pela primeira vez nas eleições presidenciais de 2022 e ter compartilhado essa experiência neste texto, agora, em 2024, eu, Sofia Duarte, repórter de moda e beleza da CAPRICHO, retornei à função para as eleições municipais. Embora tenha sentido algumas diferenças na experiência, comportamentos preocupantes (e um tanto curiosos) voltaram a acontecer.

Em 2022, havia uma resistência quanto à orientação de que, caso a biometria da pessoa funcionasse, não seria necessário assinar o caderno de votação. Neste ano, na minha seção eleitoral, vi apenas uma pessoa exigindo anotar o nome, de forma enfática, aliás, mesmo após a biometria ter funcionado. O mais comum foi o famoso: “Nem adianta, minha digital não vai pegar”, que nos foi falado repetidas vezes – mesmo que a digital não pegue, os mesários precisam fazer 4 tentativas obrigatórias, alternando entre os dedos indicador e polegar.

Desta vez, ao contrário da eleição passada, em que a fila chegava a ficar enorme e tivemos que lidar com reclamações a respeito da demora e da ordem de prioridades, isso não foi um problema. Apesar de um leve acúmulo de gente por volta das 11h30, passei o resto do dia ouvindo: “Nossa, como está vazio” ou “Adoro essa seção, sempre vazia”. E, realmente, muito tempo sem entrar ninguém na sala me gerou até sono e tédio. (rs)

No entanto, as ‘gafes’ permaneceram. Esquecer os números dos candidatos (mesmo sendo apenas dois nas eleições municipais) já virou um clássico e nem me espanta mais. O que me chocou foi quando uma senhora não só esqueceu, como ainda perguntou: “Tenho que digitar o número ou o nome [do candidato] na urna?”. Com certeza foi um dos maiores absurdos que ouvi. Pensava: “Ela nunca votou na vida?”.

Também era comum que as pessoas se confundissem com a ordem da votação. Não bastava aparecer na urna a identificação de ‘vereador’, com um espaço para os seus 5 dígitos, e ‘prefeito’, com espaço para dois. Sem contar uma pessoa que chegou faltando apenas 3 minutos para o encerramento das votações, votou com toda a calma do mundo e ainda disse: “Vai encerrar já já, né?”. Na minha cabeça, ecoava: “Como pode????”.

No geral, senti que as seções estavam mais tranquilas e a experiência acabou sendo até tediosa para mim, em comparação às altas emoções que vivi em 2022. Agora, aqui em São Paulo, voltarei para o segundo turno, que costuma ser ainda mais calmo, porém jamais sem alguma pérola ou outra que acabam virando histórias para contar.

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