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Anielle Franco: ‘Só deus sabe o quanto sonhamos com esse dia’

Ministra da Igualdade Racial, comemorou a prisão de três supostos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco, sua irmã.

Por Andréa Martinelli Atualizado em 29 out 2024, 16h02 - Publicado em 24 mar 2024, 07h55
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ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, publicou neste domingo (24) uma mensagem em que celebra um momento muito esperado por ela e seus familiares: a prisão de três supostos mandantes da morte de sua irmã, a vereadora Marielle Franco (Psol-RJ), em 2018.

Marielle foi brutalmente executada a tiros em 14 de março de 2018 ao voltar de um evento. O motorista Anderson Gomes, que dirigia o carro da parlamentar, também foi executado naquela noite.

“Só deus sabe o quanto sonhamos com esse dia! Hoje é mais um grande passo para conseguirmos as respostas que tanto nos perguntamos nos últimos anos: quem mandou matar a Mari e por quê?Agradeço o empenho da PF, do gov federal, do MP federal e estadual e do ministro Alexandre de Moraes. Estamos mais perto da Justiça! Grande dia!”, escreveu.

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Uma operação conjunta de três órgãos de Estado, entre eles, a Procuradoria Geral da República (PGR), do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) e da Polícia Federal (PF) prendeu, neste domingo (24), três suspeitos de serem os mandantes do crime.

Foram presos Domingos Brazão, atual conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Chiquinho Brazão, deputado federal do Rio de Janeiro, e Rivaldo Barbosa, ex-chefe de Polícia Civil do Rio. Também foram expedidos mandados de busca e apreensão na sede da Polícia Civil do Rio e no Tribunal de Contas do Estado.

Hoje é mais um grande passo para conseguirmos as respostas que tanto nos perguntamos nos últimos anos: quem mandou matar a Mari e por quê?

Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial
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Mas, importante ressaltar, leitor e leitora de CAPRICHO: por enquanto, os investigadores ainda trabalham para definir a motivação do crime formalmente; até o momento, não se pode afirmar, segundo a investigação, o que motivou o assassinato. Especula-se sobre a vereadora ser um dos principais nomes, à época, que criou barreiras para a expansão territorial milícia no Rio.

A investigação ganhou novo fôlego recentemente após Roni Lessa aceitar o acordo de colaboração; ele teria apontado, em delação premiada, quem eram os mandantes e a possível motivação do crime. O documento foi homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) nesta semana.

Lessa é ex-policial militar e ficou conhecido principalmente por ser o executor do tiro que matou a vereadora e seu motorista Anderson Gomes, em 14 de março de 2018, no Rio de Janeiro. Ele está preso desde 2019.

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Os mandantes do crime, segundo Lessa, integram um grupo político poderoso no Rio com vários interesses em diversos setores do Estado. O ex-PM deu detalhes de encontros com eles e indícios sobre as motivações, que não foram divulgadas à imprensa.

Mais tarde, a família de Marielle e o Instituto Marielle Franco, em conjunto, divulgaram uma nota à imprensa em que reconhecem o “o empenho da Procuradoria Geral da República, da Polícia Federal, do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro e do Ministro Alexandre de Moraes do STF para avançar por respostas sobre o caso” e que reconhecem que este é um dia histórico.

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A família também aponta que, a partir de agora, aguardam “o resultado da condução da investigação e a eventual denúncia dos mandantes e de todos os responsáveis pelas obstruções da justiça.”

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