4 pontos para entender a morte da jovem viajante Juliana Marins

Brasileira de 24 anos amava viajar, mas sonho de conhecer a Indonésia - e outros lugares do mundo - foi interrompido após queda e demora no socorro.

Por Andréa Martinelli Atualizado em 25 jun 2025, 09h46 - Publicado em 25 jun 2025, 09h08
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uliana Marins, uma brasileira de 24 anos, tinha um sonho que muitas outras meninas da idade dela cultivam: conhecer e desbravar o mundo. Mas esse sonho foi interrompido após uma queda durante trilha no Monte Rinjani, na Indonésia.

Após dias à espera de um resgate efetivo, ela foi encontrada morta na última terça-feira (24) e o caso gerou comoção nacional e fez até com que brasileiros invadissem as redes do presidente do país asiático, Prabowo Subianto.

As redes sociais estão recheadas de posts lamentando a morte da jovem e, também, com informações sobre o caso. Para que você entre em uma discussão sobre o tema — caso seja do seu desejo, ou seus amigos e amigas estejam comentando sobre — separamos, em 5 pontos, as informações mais importantes sobre a morte da jovem e o que vai acontecer a partir de agora.

Se você chegou até aqui, continue com a CAPRICHO até o final deste texto. A gente promete que vai vale a pena. Vamos lá:

1. O que aconteceu com Juliana Marins

A jovem despencou durante uma trilha no vulcão ativo do Monte Rinjani, na Indonésia, no dia 21 de junho. Após a queda, equipes de resgate lançaram drones térmicos e exploraram a cratera por quatro dias até localizá-la, ainda com sinais vitais, sentada na encosta — cerca de 600 m abaixo da borda.

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Mas desde o início o resgate enfrentou desafios, inclusive, climáticos: neblina intensa, solo instável e horários de difícil visibilidade. A família, nas redes sociais e nos principais jornais do país, como Folha de S. Paulo e Estadão, relatou falhas logísticas, como tentativas frustradas de içamento com cordas curtas para chegar até a jovem, por exemplo, e apontam negligência e ineficiência dos profissionais envolvidos.

Quando finalmente chegaram até ela — utilizando helicóptero e equipamento especializado — Juliana havia caído ainda mais para dentro da cratera e estava sem resposta médica, ou seja, sem vida.

2. Como aconteceu o resgate do corpo de Juliana Marins, CAPRICHO?

Ben, na noite de terça-feira (25), as equipes iniciaram o içamento do corpo de Juliana. Isso aconteceu por volta das 6h do horário local (19h de terça, no Brasil), quando a visibilidade melhorou o suficiente para trabalho seguro, segundo fontes oficiais. O corpo será levado ao acampamento-base Sembalun, próximo ao local da queda e, depois, transportado de avião ao hospital mais próximo.

Especialistas apontaram ao G1, em reportagem, que o caso poderia ter sido evitado e que erros graves foram cometidos. Entre eles, estão: falta de exigência de equipamentos de segurança durante a trilha; abandono na trilha; falta de preparo de guias no local; terreno instável e clima extremo, propiciando a ocorrência de acidentes; resgate lento e desorganizado, assim como informações desencontradas; uso tardio e limitado de tecnologia; responsabilidade da agência de turismo contratada e obstáculos diplomáticos e logísticos durante o resgate.

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3. Isso gerou uma questão diplomática entre os países?

Não exatamente. Mas a Embaixada do Brasil em Jacarta, capital da Indonésia, acompanhou o caso desde o início. O Itamaraty – nosso ministério das Relações Internacionais – divulgou nota de profundo pesar e informou que segue prestando suporte à família.

“A embaixada do Brasil em Jacarta mobilizou as autoridades locais, no mais alto nível, para a tarefa de resgate e vinha acompanhando os trabalhos de busca desde a noite de sexta-feira, quando foi informada da queda no Mount Rinjani. O governo brasileiro transmite suas condolências aos familiares e amigos da turista brasileira pela imensa perda nesse trágico acidente”, finaliza a nota da pasta. Leia aqui.

4. Entre comoção e indignação, o caso é o mais falado nas redes sociais

Após a repercussão do caso, nas redes sociais, a conta oficial da família ganhou mais de 1,6 milhão de seguidores e gerou apoio que mobilizou pessoas — que não conheciam a família ou Juliana – para cobrir os custos do resgate e pressionar agilidade na operação.

O caso de Juliana repercute desta maneira porque ela era uma jovem ativa nas redes, compartilhando sua paixão por viagens e desenvolvimento pessoal — características muito parecidas que talvez você, aí do outro lado e que faz parte da nossa turma de leitores da CAPRICHO, também tem. Gera uma fácil identificação e uma tristeza profunda por ser muito próximo da realidade.

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Além disso, demora no resgate reacendeu o debate sobre segurança de viajantes solo – especialmente meninas e mulheres – , riscos de aventura e necessidade de apoio rápido para jovens que embarcam em jornadas internacionais.

Além disso, o caso mobilizou solidariedade: desconhecidos se uniram em vigília nas redes devido ao temor e empatia que sentimos quando uma garota como ela, tão jovem, é vítima de um caso como este.

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