Vittor Sinistra leva sentimentos e estranheza estética à Casa de Criadores
"Eu acredito nisso, que as roupas são uma tecnologia que a gente manipula pra expressar nossa subjetividade."
A Casa de Criadores foi palco para o desfile de Vittor Sinistra na sexta-feira (8). O estilista brasiliense, que dá o próprio nome à marca, apresentou sua coleção RTS 3000 e falou sobre a importância da representatividade e inclusão.
Em entrevista para a CAPRICHO, Vittor explicou o conceito da RTS 3000, sua coleção desfilada: “RTS é roupa como tecnologia do sentimento, porque eu acredito nisso, que as roupas são uma tecnologia que a gente manipula pra expressar nossa subjetividade”.
Peças com tecido vinílico e recortes tridimensionais foram o destaque da passarela, afinal, são o estilo característico da marca. Saias com comprimento mini e decotes super diferentes chamaram atenção junto com aplicações em formatos de espinhos que aparentavam ser acolchoadas.
“No meu casting, o ideal e o indispensável é diversidade. Todos os tipos de corpos, gêneros e cores, porque não tem como mais fazer uma moda que privilegia só um tipo de corpo, então a minha narrativa e a minha história é sempre de inclusão. O quanto mais eu puder fazer, eu vou estar incluindo”, afirmou Vittor.
Os looks se encaixavam com a personalidade de cada modelo, o estilista convidou as drag queens Naza e Dallas de Vil, participantes do Drag Race Brasil, para desfilarem em uma passarela de um evento de moda pela primeira vez. Além delas, os outros modelos puderam usar as roupas como expressão de quem são.
No final, transformou a passarela em um palco com uma performance de ballroom. Vittor conseguiu expressar seus sentimentos por meio de sua coleção e ainda dar visibilidade à cena queer e LGBTQ+.