Elas chegaram primeiro

Tasha & Tracie, adidas Superstar e a união do estilo e esporte como revolução jovem, feminina e periférica.

Por Abril Branded Content Atualizado em 17 jul 2025, 10h38 - Publicado em 16 jul 2025, 17h32
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asha & Tracie chegam como embaixadoras do adidas Superstar para somar — e muito. Elas já estavam com ele nos pés — nos bailes, nas ruas, nos palcos, nas rodas de conversa. E não por contrato, mas por escolha. A relação das gêmeas com a adidas, e com o tênis icônico, vem de longe, de um tempo em que ainda não se falava tanto de streetwear como potência de moda no Brasil e ele ainda não invadia as passarelas.  Hoje, elas celebram a peça, que faz parte do passado, presente e futuro delas. 

A conexão que veio do corre

Criadas na zona norte de São Paulo, Tasha & Tracie Okereke são muito mais do que artistas multifacetadas: elas são pensadoras de estilo, curadoras de estética e comunicadoras natas. Quando o assunto é moda, cada look que elas montam carrega um recado — direto, afiado, necessário, assim como suas músicas.

Aqui na capa da CAPRICHO, em um ensaio que misturou estéticas, o Superstar foi escolhido não como uma peça nostálgica lá dos anos 70, quando foi lançado, mas como um ícone que faz parte do presente de meninas pretas e periféricas que fazem a moda acontecer com autenticidade.

“Usar um Superstar é, pra gente, quase um manifesto”, contou Tracie. “A gente já sentia a força do tênis, o quanto ele representa pra cultura preta, pro hip-hop, pras quebradas.” E isso é prova do quanto a adidas está presente na vida das pessoas e amplifica vozes periféricas, com protagonismo real. 

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E vale lembrar: o tênis Superstar carrega um peso histórico. Lançado nos anos 70 como calçado de basquete, ele virou ícone global nos anos 80, quando o grupo de rap Run-D.M.C. o adotou como parte de sua identidade visual — sem cadarços, com as línguas à mostra e muito flow. Desde então, o Superstar transcendeu o esporte e se tornou peça-chave do streetwear.

Oficializar o que já é real

Agora, com o lançamento da nova campanha oficial do adidas Superstar no Brasil, as gêmeas voltam a aparecer como protagonistas — mas desta vez com holofote global. Para quem acompanha sua trajetória, a sensação é poética: elas chegaram lá e agora representam uma geração periférica inteira que, finalmente, se vê nas vitrines.

“Quando vem da periferia, não é considerado moda, não é considerado cultura. Tudo é ‘sub’, sabe? Tudo vira ‘urbano’. E ‘urbano’ é uma palavra usada justamente para tirar a gente de cena”, continua Tracie.

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Foi assim também com o Megaride. O tênis, que nasceu como um produto de performance da marca, ganhou novas camadas de significado nas mãos (e nos pés) delas; assim como as camisetas com estética de time.

As gêmeas transformaram a peça também em um item fashion — e de desejo. Desde o merch oficial, até o uso no dia a dia do modelo, elas exploram as camisetas com autenticidade.

“A gente sempre tentou incorporar as camisetas [de time e esportivas] de uma forma normal, no cotidiano. Nunca gostamos dessa questão de ter um lugar para usar tal coisa”, entregam as gêmeas.

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Muito além da estética

A escolha de Tasha & Tracie não é apenas estética. É política. É simbólica. É estratégica. A adidas, ao escalar duas das vozes mais potentes da moda periférica brasileira, alinha esporte, estética e identidade e em um movimento real: o de descentralização das narrativas, com vozes periféricas

Durante anos, o mercado da moda ignorou as potências criativas das bordas — hoje, elas comandam as conversas. A estética da quebrada virou linguagem global. E nomes como Tasha & Tracie estão não só no centro dessa virada, mas fazem parte da base dela.

Para meninas e meninos de periferia, ver duas mulheres pretas, com vivência real, comandando uma campanha de uma gigante global é um recado direto: estilo também nasce no bairro. Representatividade também veste 37. E futuro se faz com quem sabe olhar para trás — como Tasha & Tracie sempre fizeram.

Com o Superstar nos pés e a cabeça erguida, elas não só caminham — elas abrem caminho.

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