inda na escola, Thiago Veigh, natural de Itapevi, na periferia de São Paulo, brincava de rimar com os amigos, criando músicas como forma de diversão. Anos mais tarde, o artista viu suas composições atingirem números impressionantes nas plataformas de streaming, contribuindo para a onda crescente do trap no Brasil e o fazendo conquistar multidões de fãs ao redor do mundo.
Em entrevista exclusiva à CAPRICHO, durante o ensaio fotográfico para capa da edição de outubro de 2024, Veigh contou que tudo começou com uma produção independente.
“Eu peguei a visão de que [a música] era algo que eu queria mesmo quando lancei a minha primeira faixa”, contou ele enquanto se preparava para mais uma troca de visual.
Tudo começou nas rodas de rima da Cohab 1, onde improvisava rimas de funk na palma da mão. Aos 17 anos, ele achou um estúdio e gravou a primeira música: “Meu Bem”.
O artista explica que liberou a canção sem pretensão e que chegou a ficar com “um pouco de vergonha” com a ideia do lançamento, mas seguiu em frente mesmo assim por ser algo que ele realmente gostava.
Minha primeira música já foi um pequeno sucesso entre meus amigos. Foi daí que peguei a visão e taquei marcha.
Thiago Veigh, em entrevista à CAPRICHO
A escolha foi certeira e, em 2021, foi fundada a Supernova Entertainment, gravadora independente idealizada por ele e pelo produtor Nagalli.
“Não precisamos nos aliar a ninguém. Na verdade, as pessoas têm se aliado a nós e ter a própria gravadora é uma parada muito quente porque a palavra final acaba sendo minha”, destacou ele sobre a importância de ter concretizado o projeto.
A rapaziada nova que está vindo, assim como eu, são pessoas que estão prestes a mudar a indústria como um todo
Thiago Veigh, em entrevista à CAPRICHO
Veigh compartilhou como a diferença no formato de produção do trap colaborou na ascensão do gênero e ressaltou que tem o costume de participar de todas as etapas do lançamento de uma faixa, assim como outros artistas da cena.
“Eu mesmo lançava minhas músicas e eu mesmo distribuía nas plataformas, eu mesmo queria entender como que eu podia fazer para ter mais acesso. E a maioria da rapaziada que faz trap, é sempre na mesma logística, é sempre a mesma situação.”
Quebrando recordes e alcançando sucesso internacional, Veigh revela que continua o mesmo, cultivando a leveza na personalidade.
“Eu não sou um personagem. Eu sou quem eu sou. Do mesmo jeito que sou na rua, eu sou na internet”, pontuou ele sobre manter sua essência ao mesmo tempo que não apaga sua trajetória que o colocou no lugar que está hoje.