uando ela subiu ao palco para iniciar a turnê de #Caju, no último dia 8 de novembro, vimos de pertinho a emoção que tomou Liniker, direto do backstage e com exclusividade. “Eu sempre fico nervosa, sempre me dá aquela sensação de dor de barriga. Mas fazia tempo que eu não sentia minha perna tremer. Minha perna tremia quando eu tava na posição já”, conta à CAPRICHO.
A artista, que é original de Araraquara (SP), lançou o novo projeto em agosto deste ano e, desde então, emplacou faixas no top 200 do Spotify, está indicada a prêmios e suas canções não saem do repeat de muita gente. O álbum sucede Indigo borboleta anil, álbum de 2021, que é vencedor do Grammy Latino.
Assim, o pseudo fruto, a pele do caju, é capa da CAPRICHO de novembro/24, atendendo a uma demanda dos leitores e da própria Liniker, que sempre desejou estampar a capa de um espaço de uma publicação como a nossa, em que ela também cresceu lendo e consumindo durante a adolescência.
Quando nossa reportagem conversou com ela em agosto, pouco antes do lançamento do novo álbum, ninguém conhecia Caju. Mas ele furou a bolha e lotou mais de três dias de casas de shows pelo país.
Não foi inesperado, mas surpreendente. “Quando eu dei essa entrevista, eu já sabia o que ele [o álbum] era, pela energia que coloquei nele. Mas, ao mesmo tempo, tem sido bom se surpreender, principalmente agora com a turnê, com as pessoas cantando todas as músicas, vendo também a quantidade de novos fãs, novas pessoas que consomem a minha música chegando”, comemora.
Neste momento, a cantora abraça liberdade artística e brilha com sonoridade pop que reflete sua evolução pessoal e musical. Aqui, ela abre as portas para uma sonoridade pop, apoiada em um alter-ego poderoso: ela é Caju, que a representa em uma versão ainda mais radiante e segura de si.
Mas até agora, antes de subir, eu sempre acho que o povo não vai vir, sempre acho que alguém vai se arrepender de ter comprado. Realmente acho isso.
Liniker, em entrevista à CAPRICHO
A escolha do nome é curiosa, quase como um prenúncio do que está por vir— um sabor brasileiro, de fruta que amarra a boca, mas que também é doce. E como um caju, o álbum também é cheio de contrastes, de texturas que prendem e soltam ao mesmo tempo.
Abaixo, você lê um novo papo super descontraído com a artista – minutos antes de ela entrar no palco em seu segundo show de turnê, em São Paulo.
Leia a entrevista completa:
CAPRICHO: Da última vez que nos falamos, para a edição digital de agosto, o mundo ainda não conhecia Caju. Com o sucesso desse álbum que furou a bolha, como está sendo ver o seu trabalho reconhecido de uma maneira mais ampla e conquistando novos admiradores?
LINIKER: Eu acho que o disco vai se apresentando conforme o tempo de lançamento. Acho que na minha cabeça, quando eu tinha dado essa entrevista, eu já sabia o que ele era, pela energia que coloquei nele, mas, ao mesmo tempo, tem sido bom se surpreender, principalmente agora com a turnê, com as pessoas cantando todas as músicas, vendo também a quantidade de novos fãs, novas pessoas que consomem a minha música chegando. Acho que tempo para um lançamento assim é fundamental para a gente sentir na prática como cada coisa vai acontecendo no decorrer das coisas.
Os ingressos para o primeiro show da turnê se esgotaram em minutos, e isso se repetiu com outras datas. Quando você pensa nessa multidão querendo te ver, qual é a primeira coisa que passa pela sua cabeça?
Dor de barriga. Mas eu fico feliz depois. Mas até agora, antes de subir, eu sempre acho que o povo não vai vir, sempre acho que alguém vai se arrepender de ter comprado. Realmente acho isso.
Jura?
Sim. Mas é bonito depois ver todo mundo cantando, mas a princípio é pânico, depois é alegria. Adoro.