Walter Salles explica improviso no Oscar e mostra discurso que planejou
Se você se perguntou o motivo para o diretor ter colocado os óculos, mas não ter lido nada quando subiu no palco, já temos a resposta
uando Ainda Estou Aqui foi anunciado como vencedor do Oscar de Melhor Filme Internacional, o Brasil inteiro vibrou. Nesses momentos de grande emoção, é normal levar uma colinha, mas algumas pessoas ficaram confusas quando Walter Salles subiu no palco da premiação para receber a estatueta dourada, colocou os óculos e… improvisou!
O discurso foi muito emocionante e nem dava para imaginar que, na verdade, o diretor tinha preparado outro agradecimento. Em coletiva de imprensa, foi revelado que, depois de planejar e escrever a declaração original, o cineasta perdeu o papel com todas as anotações.
“Andando para o palco, fui tentar achar as notas que tinha escrito para dividir com o público. Detesto exposição pública, preciso de alguma ajuda, e eu não encontrei”, disse Walter entre risos. “Fiquei com óculos sem ter o que ler!”, continuou ele, que se divertiu ao recordar da situação.
Improvisada ou não, a fala do diretor impactou. “Isso é para uma mulher, que durante um luto em uma ditadura militar, decidiu não ceder. O nome dela é Eunice Paiva. Isso também vai para duas mulheres extraordinárias que deram vida a ela: Fernanda Torres e Fernanda Montenegro. Vocês são demais. Isso é extraordinário”, declarou Salles.
Para não deixar o público curioso, o discurso original foi divulgado na íntegra por Walter. Confira:
“Obrigado, em nome do cinema brasileiro
Agradeço à Academia por reconhecer a história de uma mulher que, diante de uma tragédia causada por uma ditadura militar, optou por resistir para proteger sua família. Em um tempo em que tais regimes estão se tornando cada vez menos abstratos, dedico este prêmio a Eunice Paiva e a todas as mães que, diante de tamanha adversidade, têm a coragem de resistir. Que nos ensinam a lutar sem perder a capacidade de sorrir, mesmo quando elas se sentem frágeis.
Este prêmio pertence a duas mulheres extraordinárias: Fernanda Torres e Fernanda Montenegro. Elas não apenas elevaram nosso filme, mas representam o fato de que a arte resistiu no Brasil.
Governos autoritários surgem e desaparecem no esgoto da história, enquanto livros, canções e filmes ficam conosco… Obrigado a todos, em nome do cinema brasileiro e latino-americano. Viva a democracia. Ditadura nunca mais!“
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