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Viva: 10 curiosidades que vão mudar a forma como você vê o filme

A produção da Pixar, que estreia nos EUA no dia 22 de novembro e chega ao Brasil no dia 4 de janeiro, é uma aventura pelo Día de los Muertos

Por Marília Marasciulo Atualizado em 10 out 2017, 17h52 - Publicado em 10 out 2017, 17h51

Foram seis anos do momento em que o diretor Lee Unkrich, vencedor do Oscar de melhor filme de animação por Toy Story 3, teve a ideia de fazer um filme sobre o Dia dos Mortos até a data em que ele finalmente chegará aos cinemas.

Em 22 de novembro, o público nos Estados Unidos poderá conhecer a história de Miguel, o menino que embarca em uma aventura pela Terra dos Mortos em busca de aprovação para seguir o sonho de ser músico. No Brasil, a previsão é de que Viva – A Vida é uma Festa chegue às telonas no dia 4 de janeiro do ano que vem. Enquanto isso, que tal conhecer um pouco mais da produção que está dando o que falar lá fora?

1. Para não correr o risco de cometer gafes ao representar a cultura mexicana, a equipe que trabalhou em Viva visitou o país diversas vezes ao longo de três anos.

2. Essa é a primeira vez que a Pixar faz um filme com personagens que são esqueletos. Para chegar ao resultado final, se depararam com muitos desafios, entre eles: como criar esqueletos amigáveis e não assustadores?; como fazer uma caveira representar emoções?; como eles deveriam caminhar e se mexer, visto que são só ossos?; e como vesti-los? As soluções levaram meses para serem encontradas e incluíram a criação de novas tecnologias específicas para a animação dos esqueletos.

Disney/ Pixar/Divulgação

3. Também é a primeira vez que uma certa “malemolência”, ou aquela gordurinha balançando no braço, foi alcançada nos personagens para um realismo ainda maior. Preste atenção nos movimentos da abuelita e no cachorro Dante, cujas dobrinhas não podem ser escondidas por pelos e deram uma baita dor de cabeça aos animadores.

4. O diretor fez questão que Dante tivesse uma língua extremamente longa e molenga. Para criá-la, os animadores copiaram o desenho e os movimentos de outro personagem bem famoso do estúdio: Hank, o polvo de Procurando Dory.

5. Um dos animadores que trabalharam na criação de Pepita, a gata-lagarta-alada-alebrije protetora da tataravó de Miguel, é um colecionador de alebrijes. Alonso Martinez tem mais de 30 peças e começou sua coleção ainda criança, quando morava no México. Imaginem que sonho dar vida aos seus brinquedos de infância favoritos?

Disney/ Pixar/Divulgação

6. Tem uma brasileira na equipe de Viva! Priscila Vertamatti é de Vinhedo, São Paulo, e trabalhou para animar Dante, Pepita e Miguel. “Cresci assistindo aos filmes da Disney e amava desenhar e criar personagens, trabalhar aqui sempre foi um sonho”, conta Priscila.

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7. Da orientação da câmera às cores escolhidas, há diferenças visuais sutis para transportar o público da Terra dos Mortos para a dos Vivos, e vice-versa: enquanto a Terra dos Vivos é toda filmada na horizontal, a dos Mortos é verticalizada e parece “infinita”; a Terra dos Vivos tem cores mais fortes e é mais empoeirada, já a dos Mortos tem cores mais frias e uma neblina constante que dá uma sensação de umidade; finalmente, nada de vegetação na Terra dos Mortos. Para dar um toque verde por lá, os designers tiveram o cuidado de pintar paredes com o tom e incluir uma iluminação que ressaltasse a cor.

8. Não foi fácil criar a cena que faz o público sentir o amor de Miguel pela música. No início, o personagem literalmente dizia “meu sonho é ser músico”, o que causava zero engajamento. Até chegar ao resultado final, foi considerado inclusive fazer Miguel cantar sobre sua paixão, algo que pareceu totalmente deslocado, visto que o filme não é um musical.

Disney/ Pixar/Divulgação

9. A tática usada para encontrar soluções para problemas como esse é buscar referências e inspiração… No YouTube! Vídeos engraçados de línguas de cachorros e imagens de cantores antigos mexicano estão entre os materiais que foram trazidos por animadores e roteiristas para traduzir suas ideias para o restante da equipe.

10. Na Pixar, todo mundo – mesmo! – dá pitaco na produção. Além de quem trabalha diretamente no filme ter liberdade para sugerir ideias, por exemplo, um animador pensar em algo para acrescentar na história, os filmes são exibidos para todos os funcionários do estúdio, que opinam sobre o que acharam e sugerem alterações. No caso de Viva, foram mais de dez exibições do tipo até chegar ao resultado final.

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